Um em cada quatro brasileiros guarda dinheiro em casa

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Já ouviu a antiga expressão “guardar dinheiro embaixo do colchão” como sinônimo de poupar? Na prática, essa atitude continua valendo para muitos brasileiros. Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que 25% das pessoas ainda guarda suas economias em casa.

Esse comportamento pode ser explicado por duas razões principais. A primeira é por desconhecimento, já que grande parte da população considera complexo buscar opções de investimento. A segunda é por comodidade. Muitas vezes o rendimento de aplicações é pequeno e as pessoas entendem que deixar as economias “à mão” não representa uma perda grande e fica mais simples para usar em caso de necessidade.

Ainda de acordo com a pesquisa, 21% das pessoas conseguiram guardar dinheiro no mês de abril e o valor médio poupado foi de R$ 374,00. Entre os pesquisados, 65% disseram ter investido na caderneta de poupança, 20% deixaram o dinheiro na conta corrente e 7% investiram em títulos do Tesouro Direto. Apenas 8% dos entrevistados disseram ter aplicado em previdência privada.

No mesmo período, 40% dos pesquisados sacaram recursos guardados. As principais razões apontadas para isso foram pagar as contas do mês (13% dos casos), acertar dívidas atrasadas (10%) e sanar imprevistos (10%).

Há quem atribua esse hábito de guardar dinheiro em casa ao trauma causado pelo confisco do Plano Collor no início da década de 90, quando foram retirados das contas pessoais os depósitos e investimentos de mais de 50 mil cruzados novos. O plano foi um fracasso e afetou muitas famílias que tinham seu dinheiro guardado. Hoje, é importante lembrar, não se corre mais esse tipo de risco, pois a Emenda Constitucional nº32/2001 proibiu qualquer medida provisória “que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro”.

Seja em tempo de recessão, desenvolvimento ou instabilidade, o que vale mesmo, segundo os especialistas, é a necessidade de manter o controle e o planejamento financeiro. Não importa qual seja a maré, o importante é buscar a educação financeira para lidar de forma inteligente com o dinheiro, aprendendo a investir para ter um futuro mais tranquilo.

Com informações de GloboNews, Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), site Meu Bolso Feliz

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