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Tecnologia ajuda a manter a saúde mental de idosos no isolamento social

Manter o distanciamento social é uma das principais estratégias para reduzir o ritmo de propagação do novo coronavírus e, principalmente, não sobrecarregar o sistema de saúde. O propósito é não apenas se proteger, mas evitar o contato do vírus com pessoas idosas ou com doenças pré-existentes consideradas do grupo de risco. Portanto, enquanto se espera que as pesquisas científicas levem ao desenvolvimento de vacinas e outras soluções capazes de tratar ou imunizar a população contra a Covid-19, ficar em casa ainda é a principal barreira protetora.
O isolamento, porém, pode provocar uma avalanche de emoções nos idosos, pois, ao mesmo tempo que protege sua saúde física, mexe bastante com sua saúde mental, em meio a sentimentos como solidão, estresse ou ansiedade. O fator se agrava com idosos que, além de ter medo por si, ficam angustiados também por seus familiares queridos, o que impacta em seu sono, seu apetite e, consequentemente, na própria imunidade.
Para lidar com essa situação, a tecnologia tem sido uma grande aliada em manter o cérebro ativo e as emoções mais controladas. Afinal, distanciamento social não significa necessariamente solidão. Confira algumas dicas de como o ambiente digital pode colaborar com a saúde mental de pessoas do grupo de risco:
Abraços conectados
É possível aproveitar a tecnologia para estar conectado com as pessoas amadas, incentivando o idoso a aprender a utilizar o celular e as redes sociais, para chamadas de vídeo em que matam a saudade dos netos nos dias mais difíceis. Mas atenção: para pessoas mais velhas e que, mesmo antes da pandemia, não estavam tão acostumadas com o universo virtual, o ideal é buscar ferramentas de acesso fácil, para não causar angústia com a dificuldade de conexão. Chamadas em vídeo pelo whatsapp, por exemplo, comportam até quatro pessoas simultaneamente e são fáceis de acessar. Lembre-se que nem todas as gerações têm domínio das tecnologias, por isso, oriente o uso com paciência. Lembre-se também que ainda existe o bom e velho telefone fixo.
Visitas virtuais
É possível fazer desde visitas virtuais a museus até assistir a filmes, óperas e outros tipos de produtos audiovisuais. Muitas plataformas digitais também estão liberando o acesso a cursos online nesse momento. Os idosos podem, ainda, manter-se ativos preparando suas receitas na cozinha, seja pesquisando pela Internet ou buscando bons canais na TV. Além disso, a rotina virtual também permite manter a espiritualidade ativa para quem estava acostumado a frequentar missas e cultos religiosos.
Corpo ativo em casa
Por que não fazer exercícios físicos dentro de casa, de acordo com suas possibilidades e limitações físicas? Há uma série de vídeos com aulas de dança e alongamento para pessoas acima de 60 anos. Exercícios de alongamento, de equilíbrio e de força, para quem pode, é possível fazer na sala, por exemplo. Mas, claro, sempre seguindo recomendações médicas para que as limitações do corpo não provoquem, por exemplo, problemas nas articulações ou de mobilidade. Outro ponto de atenção é buscar um local seguro, para que móveis, tapetes ou outros objetos não provoquem um acidente.
Serviços delivery
As entregas em domicílio estão em alta. Supermercados e outras redes de atendimento que vão de alimentação a medicamentos oferecem serviço de entrega em casa, uma boa ajuda para evitar sair na rua sem deixar faltar nada em casa.
Muitos de nós temos pais, tios, avós e vizinhos idosos. Por isso, nessa fase de distanciamento, cultive cautela, paciência e sabedoria. É fundamental tomar os cuidados recomendados pelos órgãos de saúde, mas sem esquecer de cuidar da mente de quem já passou por bastante coisa na vida e merece, mais do que nunca, atenção e cuidados especiais.
Com informações de Saúde Abril