Quer controlar mais os gastos? Uma opção é pagar em dinheiro!

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Você pesa as consequências dos seus gastos? Se não, deveria. Se sim, pode fazer ainda melhor. Para os dois casos a mesma dica: pagar a maioria das contas em dinheiro e evitar o cartão de crédito. Essa opção de controle de gastos se explica psicologicamente assim: ao ver o dinheiro indo embora, uma nota sobre a outra, a dor da perda é maior e este pode ser o gatilho para evitar aquelas compras por impulso.

Usando o cartão, a sensação de gasto é menor e, por isso, a gente tende a comprar mais, o que aumenta o risco de perder o controle financeiro.

A diferença de consumo entre pagar em dinheiro ou em cartão de crédito já foi objeto de estudo. Os autores Drazen Prelec e Duncan Simester, reuniram estudantes com a tarefa de comprar ingressos para jogos de basquete em um leilão. Eles então fizeram a média dos lances para os dois diferentes grupos. O lance médio do cartão de crédito era duas vezes maior à oferta média com dinheiro vivo.

Portanto, quando as pessoas usaram seus cartões, os lances no leilão eram muito mais imprudentes. É como se não tivessem um filtro capaz de segurar seus gastos. A explicação é que o ato de comprar com cartão de crédito transforma a transferência de dinheiro em uma ação abstrata e menos negativa. Já tirar o “dinheiro vivo” da carteira e passar para as mãos de outra pessoa é uma ação concreta e com peso negativo maior para o cérebro. Nesta hora certamente você vai ficar se perguntar: “preciso mesmo comprar isso?”.

Esta pesquisa não é nova. Foi realizada em 2001, mas os seus resultados continuam sendo um importante alerta para o uso racional do cartão de crédito. Em primeiro lugar, não se pode esquecer que os juros do cartão passam dos 350% ao ano, se o consumidor entrar no rotativo, pagando apenas o valor mínimo. Para ter saúde financeira, é preciso ser o mais racional possível nas compras, especialmente se for pagar com cartão. Se acha isso difícil, crie uma barreira emocional dando preferência para pagar as compras em espécie.

Com informações do G1, LANP Economia Comportamental e Cultura UOL

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