Três em cada dez brasileiros são consumidores conscientes, diz pesquisa

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O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) calcularam pelo segundo ano consecutivo o Indicador de Consumo Consciente (ICC) e os dados, divulgados recentemente, mostraram como
andam os hábitos dos brasileiros em relação às compras, à educação financeira e ao consumo sustentável.

Para elaborar o indicador, foi realizada uma pesquisa com uma série de perguntas para investigar os hábitos, atitudes e comportamentos que fazem parte da rotina dos brasileiros. Estas questões permearam as três dimensões que compõem o
conceito de consumo consciente, e todas elas obtiveram resultados abaixo do desempenho ideal de 80%: práticas ambientais (72,5%), práticas financeiras (73,8%) e práticas sociais (70,6%).

Entre as informações, chama a atenção o fato de que apenas três em cada dez brasileiros são consumidores conscientes. Em uma escala de 1 a 10, consumidores entrevistados – em 26 capitais brasileiras e Distrito Federal – deram nota
média de 8,9 para a importância do tema consumo consciente, mas apenas três em cada dez consultados (32%) podem ser considerados, de fato, conscientes – um aumento de 10,2 pontos percentuais em relação ao ano passado, quando esse
percentual era de 21,8%.

O Indicador de Consumo Consciente (ICC) deste ano atingiu 72,7%, permanecendo praticamente estável em relação a 2015, quando estava em 69,3%. O ICC pode variar de 0% a 100%: quanto maior o índice, maior é o nível de consumo
consciente. Apesar da melhora nesses dados, o aumento foi considerado discreto pela SPC Brasil e a CNDL em relação a 2015.

“Assim como em 2015, os entrevistados associam mais frequentemente o consumo consciente com atitudes relacionadas apenas a aspectos financeiros, ficando em um segundo plano as esferas ambientais e sociais”, disse a economista-chefe do
SPC Brasil, Marcela Kawauti. O principal benefício percebido continua a ser o de economizar e fazer o dinheiro render mais (37,1%), prevalecendo a dimensão financeira do consumo consciente e não os outros citados.

Sobre impulsos de consumo

O subindicador de Práticas Financeiras foi o único a apresentar um crescimento significativo, de 5,8 pontos percentuais em relação a 2015, ficando em 73,8% em 2016 ante 68,0% no ano passado. Ele observa a habilidade do entrevistado
para lidar com os apelos do consumismo e a capacidade de gerenciar as próprias finanças sem fazer dívidas ou comprometer o orçamento. Entre as 18 atitudes investigadas, 11 apresentaram crescimento significativo em 2016, quando
comparado ao ano passado, sendo as mais praticadas a avaliação do impacto de compras no orçamento antes de realizá-las (90,2%), não ter vontade de fazer compras por ver os amigos com coisas novas que estão na moda (87,7%), sempre
pesquisar preços (86,9%), priorizar a qualidade dos produtos e não as marcas (86,6%) e preferir consertar um produto que ainda pode ser utilizado a comprar um novo (86%).

Este crescimento está possivelmente associado não a uma maior consciência dos consumidores, mas a restrições financeiras e receio do futuro, gerados pelo momento econômico que o país está passando. Para saber mais sobre a pesquisa
acesse o site do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) ou da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Fonte: Site Uol e Tribuna da Bahia

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