Superando os limites da idade, histórias de 3 maratonistas 80+

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Eles não correm para fugir do tempo, mas para abraçá-lo. Eles não correm para escapar da vida, mas para celebrá-la. Eles são maratonistas que desafiam a idade, desmentem os estereótipos e inspiram gerações. Eles são Pio, Chico e Fauja, três histórias de coragem, persistência e superação.

Pio Espedito de Castro tem 82 anos e é contador em São Paulo. Corre desde os 16 anos, quando um padre italiano, maratonista, o incentivou a praticar o esporte. Mas foi só aos 57 anos que ele se aventurou em sua primeira maratona, completando os 42 quilômetros em 4 horas e 4 minutos. De lá para cá, já participou de 42 maratonas, 10 ultramaratonas e 8 provas de 24 horas. E não pensa em parar. Quer chegar aos 100 anos correndo, como o indiano Fauja Singh.

Fauja Singh vive em Londres e tem 110 anos. Nasceu na Índia, em 1911, e só começou a andar aos 5 anos, por causa de problemas de saúde. Superou as dificuldades, começou a correr, mas parou. Vivia uma vida normal até que emigrou para a Inglaterra nos anos 90, após perder a esposa, o filho e a filha. Aos 89 anos, ele retomou a corrida, depois de 50 anos sem calçar os tênis. Aos 100 anos, fez história, tornando-se a primeira pessoa a completar uma maratona nessa idade, em 8 horas e 11 minutos. Ele já disputou 9 maratonas.

Francisco de Assis Soares de Melo tem 83 anos e mora no Rio de Janeiro. Há 20 anos ele participa de provas de rua, especialmente na cidade maravilhosa, onde é conhecido como Chico Águia. Simpático e bem humorado, ele faz amigos por onde passa e chama a atenção, não só pelo vigor físico impressionante para a idade, mas por um detalhe: ele corre descalço, os 42 quilômetros das maratonas que enfrenta. Ele diz que assim sente melhor as passadas, o que ajuda no seu desempenho.

Chico, Pio e Fauja têm muito em comum, além dos 80+: a paixão pela corrida, a vontade de viver, de se superar, de inspirar. Eles têm uma atitude de resistência, de desafio, de saúde. Mostram que a idade é apenas um número, que não deve nos definir nem limitar. Eles são exemplos de que a corrida é mais do que um esporte, é uma forma de expressão, de celebração e de superação.

Com informações de UOL e Globo

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