Inadimplência entre jovens: uma bomba-relógio ou uma oportunidade de mudança?

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Por Herbert de Souza Andrade, Diretor Geral na Fundação Itaúsa Industrial

 

Se você tem entre 25 e 29 anos, já se sentiu sufocado por cobranças e experimentou uma sensação de fraqueza quando os boletos se acumulam, você não está sozinho. De acordo com o portal Terra, citando pesquisa do SPC Brasil (nov.23), essa é a realidade de 46% de brasileiros nesta faixa etária, que, sem educação financeira, caem na armadilha do crédito fácil e se veem incapazes de sair do vermelho.

Já o mapa mensal de inadimplência e renegociação de dívidas divulgado pela Serasa constatou que havia, em fevereiro deste ano, 72 milhões de devedores, dos quais 8,62 milhões (12%) eram jovens de 18 a 25 anos.

Para a maioria de nós, ter o nome sujo é uma grande dor de cabeça. E na juventude isso pode ter um peso maior nos projetos ou nas incertezas para o futuro. Mas a situação, por mais desafiadora que pareça, não é um destino inevitável. A chave para romper esse ciclo está na educação financeira, uma ferramenta poderosa que, se utilizada desde cedo, pode transformar a vida de qualquer pessoa.

Com educação financeira é possível:

  • Não se preocupar com contas atrasadas ou inadimplência;
  • Realizar seus sonhos e objetivos, seja viajar pelo mundo, comprar uma casa própria ou abrir o seu próprio negócio;
  • Viver com tranquilidade e segurança, sem o estresse e a ansiedade que as dívidas trazem.

Para alcançar essa liberdade financeira, é preciso agir. E há vários motivos para tomar essa decisão:

  • Aprender a lidar com o dinheiro de forma responsável, desde os primeiros passos da vida financeira;
  • Desenvolver hábitos saudáveis de consumo e planejamento financeiro, evitando o endividamento;
  • Tomar as rédeas e fazer escolhas conscientes sobre o seu futuro financeiro, construindo um futuro mais próspero e seguro.

A educação financeira pode deixar mais claro e fácil para os jovens entenderem a necessidade do planejamento e da disciplina, inclusive para desfrutar melhor do seu próprio tempo e dinheiro. Por exemplo, aderir a um plano de previdência complementar pode ser um passo inteligente. Esse tipo de planejamento permite que, desde cedo, os jovens comecem a construir uma reserva para o pós-carreira, garantindo mais tranquilidade e independência no futuro.

A previdência complementar é uma forma de investimento a longo prazo que, combinada com a educação financeira, pode ensinar os jovens a valorizar o poder do tempo e dos juros compostos, transformando pequenas economias regulares em um grande patrimônio no futuro.

Portanto, a solução à vista é a educação financeira como parte integrante da formação dos jovens, de modo a prepará-los para tomar decisões financeiras sábias e seguras, o que terá reflexos na própria sociedade brasileira, ao contar com uma juventude mais consciente, responsável e próspera.

Com informações de Exame, Portal Terra, Quero Bolsa e Serasa

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