Meninas lidam melhor com assuntos relacionados à economia, segundo o último Pisa

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A leitura de um boleto e a interpretação de mensagens referentes a uma conta bancária foram analisadas no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). E, apesar da maioria dos estudantes de 15 e 16 que participaram da avaliação apresentarem desempenho abaixo da média esperada na área que mede o letramento financeiro, foi possível analisar que as meninas têm mais habilidade para lidar com dinheiro.

O Pisa é uma rede mundial de avaliação de desempenho escolar. A avaliação foi realizada pela primeira vez em 2000 e é repetida a cada três anos. Coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Pisa oferece subsídios para os países melhorarem suas políticas e resultados educacionais.

Na última avaliação, a nota média das meninas foi 397,5 e a dos meninos 389,2. Ambos, porém, estão um pouco abaixo do nível mínimo adequado, que é de 400 pontos.

O Pisa também analisou a frequência de discussões entre os estudantes e seus pais sobre questões financeiras. O percentual de meninos que nunca ou quase nunca conversou com os pais sobre esse assunto é de 28,2%. Já o número de meninas é menor e equivale a 21,4%.

Segundo as novas regras da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a educação financeira deverá ser um dos temas transversais do novo Ensino Fundamental. Com isso, a partir de 2019 começa a mudança na grade curricular das escolas, tornando educação financeira obrigatória. O assunto será abordado em diferentes disciplinas e usado em projetos fora da sala de aula. Em um país com tantos endividados, aprender algumas operações matemáticas pode transformar os lares de milhares de pessoas.

A BNCC também deve estimular a criação de projetos extraclasse para induzir uma conexão entre o ensino e a realidade do aluno. Entre os exemplos estão atividades como a simulação de compra e venda, feira de troca e oficinas de empreendedorismo.

A Revista Pé-de-Meia, da Fundação Itaúsa, já abordou como trazer o tema de finanças ao cotidiano de crianças e adolescentes, como um bom exercício para refletir sobre o próprio comportamento. Para isso, entrevistou a professora de matemática e autora do livro “O recurso problemateca”, Maria Adelaide de Castro Bonilha. Relembre: http://bit.ly/finanças-para-qualquer-idade.

Com informações de Jornal Estado de Minas

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