Viver Melhor
Etarismo, o preconceito contra os 60+
Não existe idade para realizar sonhos e vencer desafios. Pode ser um salto de paraquedas, abrir o próprio negócio ou frequentar uma faculdade. O que existe é preconceito contra pessoas idosas – ou só mais velhas – quando elas resolvem fazer algo que, por conta de alguma convenção social anacrônica, não seria apropriado para as suas idades.
Este preconceito se chama etarismo ou idadismo. É mais comum do que se pensa e independe de cor, nacionalidade, renda, orientação sexual ou religião. Um caso que repercutiu em março de 2023 foi o vídeo viral das universitárias do interior de São Paulo chamando de “velha” uma colega de faculdade de apenas 40 anos.
Essa divulgação nas redes e nos noticiários provoca o debate e o conhecimento para combater o problema, como já acontece a outros tipos de preconceito. No caso do assédio e homofobia contra pessoas LGBTQIA+ e do racismo, por exemplo, comportamentos preconceituosos já são facilmente reconhecidos e têm respaldo jurídico. Etarismo não, apesar de instrumentos legais como a Constituição Federal e o Estatuto da Pessoa Idosa.
Então, quanto mais se fala, mais aumenta a consciência coletiva sobre o etarismo e mais aumentam as chances de provocar a evolução na sociedade rumo à aceitação de que o lugar dos 60+, é onde os 60+ quiserem, como voltar à faculdade.
O retorno aos estudos após os 60 anos de idade ou mais pode ocorrer por diversos motivos. A busca por uma nova carreira ou atualização de habilidades profissionais, o interesse em um novo campo de estudo, ou o desejo de obter um diploma universitário, entre outros.
Além disso, com o aumento da expectativa de vida e a possibilidade de trabalhar por mais tempo, muitas pessoas optam por continuar estudando e se desenvolvendo ao longo da vida. Essa decisão deveria ser motivo de inspiração para os mais novos. Não de preconceito.
Com informações do Jornal da USP, Blog EAD, G1 e Correio Brasiliense