Depois de meses desafiadores para as vendas no varejo por conta da instabilidade econômica ocasionada pela pandemia, o comércio em todo o país espera ansioso pela movimentação das compras de fim de ano. Afinal, novembro e dezembro sempre foram os meses onde acabamos gastando um pouco mais.

Também por conta da pandemia, ainda que as lojas físicas estejam abertas, as compras pela internet devem ganhar ainda mais força. Mas, será que este é mesmo melhor momento para gastar?

Com muitas ofertas e apelo ao consumismo, as compras de fim de ano são propícias a gastos não planejados. Mas nesse momento de incerteza, com a alta taxa de desemprego e impacto brutal na renda mensal do brasileiro, a cautela recomenda comprar apenas o necessário e tentar manter o dinheiro em caixa para eventuais emergências.

É claro que se a compra for realmente necessária, vale ficar atento à questão de descontos e promoções. Porém, nesta época do ano, o mais comum é que vários produtos acabem com os preços lá no alto.

Vale reforçar que sempre há boas oportunidades de compra para aqueles que pesquisam. Por isso, compre o essencial, compare preços e pesquise sempre. Seja agora ou no próximo ano, continue monitorando até que o produto desejado esteja com um valor compatível com o que você pode pagar, sem fazer novas dívidas ou comprometer seu orçamento. Em suas finanças pessoais, o comportamento de aguardar a oportunidade de comprar mais barato deve valer para o ano inteiro.

Sobretudo, seja paciente: encontrar bons negócios pode levar tempo. Não se deixe levar pelo impulso e lembre-se que o momento é de prudência nas finanças. Não é hora de sair gastando em supérfluos, pois, com a instabilidade e o prazo indefinido para o fim da crise, ainda não é possível fazer uma projeção segura sobre como a situação econômica vai afetar seu bolso. Sendo assim, na medida do possível, segure a verba neste período.

Uma boa dica para as compras de Natal, por exemplo, é fazer uma lista do que você precisa comprar e verificar o orçamento disponível. Mas depois de alguns dias, olhe novamente a lista, já que, vendo pela segunda vez, talvez você encontre outras opções mais baratas ou descarte o que não é tão necessário.

É claro que se a compra estiver mesmo nos seus planos, você pode fazer comparativos entre lojas antes de se decidir, incluindo aí também o valor do frete a ser pago. Mas lembre-se: além das dívidas contraídas nas festas natalinas, no início de um novo ano há também gastos como IPVA, IPTU, matrícula escolar, etc. Por isso, fuja das compras por impulso, evite gastar com cartão de crédito e não use todo seu 13º em compras de fim de ano; o melhor neste momento é fazer uma reserva financeira e aguardar que a economia nacional se estabilize um pouco mais.

Com informações de Valor Investe