Futuro Planejado
Em cinco anos, número de brasileiros na previdência complementar subirá para 20 milhões

De acordo com uma estimativa da consultoria Mercer, nos próximos cinco anos, a reforma da Previdência deve levar 4 milhões de brasileiros a recorrerem à previdência privada. Isso representa um aumento de 25% no número de pessoas que optam por investir em um plano de previdência complementar.
O número de adesões deve subir de 16 milhões para 20 milhões, contabilizando planos abertos e fechados, como os de fundos de pensão de estatais e do setor público. O volume de recursos investidos nos planos abertos deve crescer 17% entre 2019 e 2020, batendo R$ 1 trilhão, conforme projeção do Santander.
Além das alterações nas regras da aposentadoria, a queda dos juros básicos da economia e a crescente competição entre gestores, fintechs, bancos e seguradoras também irão favorecer o crescimento da previdência privada no país. Isso porque, com o novo cenário, as instituições devem reduzir taxas e oferecer fundos mais agressivos, para atrair um novo público.
E essa aceleração no mercado da previdência já começou; no Santander, por exemplo, durante o período de tramitação da Reforma da Previdência, o volume médio mensal captado para planos de previdência já era duas vezes maior em agosto de 2019, com relação ao mesmo período do ano anterior.
Na BrasilPrev, do Banco do Brasil, o número de simulações de planos do aplicativo triplicou de janeiro a julho de 2019, também em reação à tramitação da reforma.
O Senado Federal aprovou, no dia 22 de outubro de 2019, a proposta de Reforma da Previdência, que altera as regras de aposentadoria no Brasil. As principais mudanças estão relacionadas à idade mínima e ao tempo de contribuição exigidos. Com a reforma, mulheres podem se aposentar com 62 anos (antes, era 60) e homens com 65.
Para ter direito ao benefício, deve se somar à idade o tempo de contribuição, cujo mínimo é de 20 anos para os homens e 15 para as mulheres. Contudo, o valor pago como aposentadoria só será integral quando o solicitante atingir 35 anos de contribuição (no caso dos homens) ou 30 anos (para as mulheres).
A partir da promulgação do texto aprovado no Congresso Nacional, as regras passam a valer para aqueles que ingressam agora no mercado de trabalho. Os demais trabalhadores estarão sujeitos a regras de transição.
A principal vantagem da previdência privada é promover uma renda complementar no pós- aposentadoria. Ela também oferece facilidade de investimento, não tem exigência mínima de idade e é possível escolher quanto se quer investir, além de alterar o modo como se deseja receber os rendimentos. Além disso, mesmo que a pessoa pare de contribuir, o valor investido vai continuar rendendo.
Com informações de O Globo