Vai investir? Inflação e juros altos devem ser levados em conta

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A taxa básica de juros do Brasil (Selic) continua alta (atualmente em 14,25% ao ano) e a previsão dos especialistas é que assim permaneça por algum tempo. Esse instrumento, usado pelo governo para tentar segurar a inflação, encarece o
crédito e acaba ditando a dinâmica de muitos investimentos.

Se por um lado os juros altos encarecem o custo de vida dos brasileiros e dos financiamentos, por outro, para quem tem dinheiro livre para investir, a situação se torna favorável. Aplicações em renda fixa, por exemplo, são apontadas
como uma boa opção. Isto porque, ao comprar um título de renda fixa, você está emprestando dinheiro ao emissor do papel, que pode ser um banco, uma empresa ou mesmo o Governo. Em troca, recebe uma remuneração por um determinado
prazo, na forma de juros ou correção monetária. Se o juro é alto, o retorno também é alto.

Para quem está se preparando para o futuro por meio do Plano PAI (Plano de Aposentadoria Individual) e ainda tem um
dinheiro extra para investir, vale a pena ficar de olho no cenário, descobrir outras modalidades de investimento e entender como aproveitar a situação econômica atual.

Entenda melhor o que são títulos de renda fixa aqui.

Pré-fixada e pós-fixada

Existem duas opções para investir nos fundos de renda fixa – a aplicação pode ser pré-fixada ou pós-fixada. Com a taxa Selic alta, a pós-fixada se apresenta como excelente opção porque oscila exatamente de acordo com a taxa do dia.

O título pré-fixado significa que você já sabe o quanto receberá em um ano, já que a rentabilidade será de acordo com o valor aplicado, além dos juros, pelo período em que o dinheiro foi investido. Quando investir em um ativo
pós-fixado, você saberá o quanto vai receber somente no final da aplicação porque o rendimento é determinado pela variação de um certo índice (depende do título), acrescido da taxa de juros determinada no início.

Melhores opções em renda fixa

LCI e LCA

As LCI (letras de crédito imobiliário) são títulos privados, emitidos por bancos e com lastro no mercado imobiliário. A vantagem desse investimento é a sua isenção de Imposto de Renda. Esse tipo de aplicação tem nível de risco baixo
porque conta com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). As LCA (letras de crédito do agronegócio) são parecidas com as LCI, mas seu lastro da operação está no agronegócio.

Ambas são boas opções em tempos de juros altos e, se a aplicação for feita por meio de um banco com baixa taxa de administração, a rentabilidade do dinheiro é ainda maior.

LFT

As LFT (letras financeiras do tesouro) são títulos emitidos pelo Governo Federal pós-fixados com sua rentabilidade atrelada à taxa Selic. O pequeno investidor pode comprá-la por meio do programa Tesouro Direto (link para matéria
que já fizemos sobre o assunto
) pela internet. Ou fazer pelo próprio banco, o que exige um cuidado porque essas instituições possuem uma taxa de custódia (custos operacionais) que pode diminuir a rentabilidade da aplicação.

CDB

O CDB (certificado de depósito bancário) é um título que os bancos emitem para se capitalizar, ou seja, conseguir dinheiro para financiar suas atividades de crédito. Ao adquirir um CDB, o investidor está efetuando uma espécie de
“empréstimo” para a instituição bancária em troca de uma rentabilidade diária.

O tipo mais comum de CDB é o pós-fixado. Neste caso, a rentabilidade do investimento é baseada em uma taxa de referência – o CDI (certificado de depósito interbancário), que está sempre muito próxima da Selic. Isso quer dizer que, ao
comprar um CDB pós-fixado, você terá uma rentabilidade parecida com a Selic.

Um ponto merece atenção: o percentual que será pago do CDI não é fixo e pode variar de banco para banco, dependendo do valor investido e da negociação efetuada. Existem instituições que oferecem uma rentabilidade de 70% do CDI
enquanto outras chegam a pagar 115%, por exemplo. Por isso, a dica é pesquisar antes de decidir por uma ou outra aplicação.

Fontes: Site Banco Central e G1

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