A imagem tradicional do estudante universitário, jovem e recém-saído do ensino médio, está sendo cada vez mais desafiada. Um número crescente de pessoas idosas tem descoberto na universidade uma nova paixão, um caminho para o desenvolvimento pessoal e uma oportunidade de contribuir para a sociedade.

Segundo dados do Censo da Educação Superior de 2021, mais de 51,3 mil brasileiros e brasileiras com 60 anos ou mais estavam matriculados em cursos de graduação. Esse número, embora ainda representando uma pequena parcela do total de estudantes, demonstra uma tendência crescente e promissora.

Mas por que os idosos estão voltando para a sala de aula? As razões são variadas e individuais. Muitos buscam novos conhecimentos para se manterem ativos mentalmente e combater o envelhecimento cognitivo. Outros desejam mudar de carreira, realizar um sonho antigo ou simplesmente experimentar uma nova fase da vida. O fato é que há muitos benefícios.

 Benefícios para os idosos

• Enriquecimento intelectual: O estudo estimula a mente, melhora a memória e a capacidade de aprendizado.
• Aumento da autoestima: Conquistar um diploma ou simplesmente aprender algo novo proporciona uma grande sensação de realização.
• Expansão da rede social: A universidade é um ambiente rico em interações sociais, permitindo que os idosos façam novas amizades e troquem experiências.
• Melhora da qualidade de vida: O estudo pode reduzir o estresse, a ansiedade e o risco de depressão.

 Benefícios para os alunos mais jovens

• Diversidade de perspectivas: A presença de alunos mais velhos enriquece o debate em sala de aula, trazendo novas experiências e visões de mundo.
• Aprendizado colaborativo: A interação entre gerações pode gerar um ambiente de aprendizado mais colaborativo e enriquecedor.
• Desmistificação do envelhecimento: O contato com alunos mais velhos ajuda a desmistificar o envelhecimento, mostrando que a idade não é um obstáculo para o aprendizado e a realização pessoal.

 Benefícios para a sociedade

• Envelhecimento ativo: Ao estudar e se manterem ativos, os idosos vivenciam o envelhecimento de forma mais saudável e independente.
• Inovação: A experiência e a sabedoria dos idosos podem gerar novas ideias e soluções para os desafios da sociedade.
• Inclusão social: A inclusão de pessoas idosas na universidade promove a igualdade de oportunidades e a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

 Como se preparar para entrar na universidade na terceira idade?

• Avaliar as expectativas: É importante definir os objetivos do estudo e escolher um curso que seja compatível com os seus interesses e necessidades.
• Buscar informações: Converse com outros alunos mais velhos, professores e coordenadores de curso para entender como funciona a rotina acadêmica.
• Organizar a rotina: É preciso conciliar os estudos com as demais atividades da vida, como trabalho, família e cuidados com a saúde.
• Buscar apoio: Conte com a ajuda da família, amigos e profissionais da área da saúde para superar os desafios e alcançar seus objetivos.

Entrar na universidade na terceira idade é uma decisão corajosa e transformadora. Ao quebrar barreiras e desafiar os estereótipos, as pessoas idosas demonstram que a vontade de aprender e crescer nunca se apaga.

 Com informações Viva Bem (UOL) e Piauí