Turismo para terceira idade cresce no Brasil: sempre é tempo de viajar

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Assim como a população, os setores dedicados ao turismo para maior idade crescem a cada ano e buscam entender seus interesses, aprimorando a oferta de serviços para esse público especial. Faz sentido olhar com atenção para esse nicho:
segundo a pesquisa do Fundo de Populações da Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente o grupo com idade acima de 60 anos representa 12% da população mundial e estima-se que esse número chegue a 22% em 2050, um número próximo a
2 bilhões de pessoas. No Brasil a tendência é a mesma.

Essa perspectiva faz com que diferentes questões surjam, além do tema previdência (assunto de interesse público por conta das decisões do Governo Federal e também de quem está planejando sua aposentadora). É assim que o setor de
turismo para a terceira idade tem criado incentivos e se profissionalizado para atender às necessidades desse perfil de turista.

De acordo com a Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem, do Ministério do Turismo (Mtur), o desejo de viajar sozinho ou acompanhado subiu de 23,7% para 26,9% no grupo de viajantes com idades acima dos 60 no mês de junho deste ano,
em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a mesma pesquisa, cresceu a opção por viagem de avião entre os acima de 60 anos, em detrimento do automóvel e do ônibus, e também pela estadia em hotéis e pousadas (67,5%), em
vez da hospedagem em casa de parentes e amigos ou em residência própria ou alugada.

Os números indicam, portanto, que o negócio de turismo para a terceira idade é promissor e deve crescer. Atentos à realidade do mercado, os prestadores de serviço têm moldado as suas ofertas ao estilo de vida e às demandas desses
clientes. Há opções de viagens em grupos promovidas por agências de turismo, a possibilidade de permanecer por vários meses em um país por meio de intercâmbios e, claro, as viagens acompanhadas por familiares, ou sozinho.

Fazendo as malas

O ideal é que essas viagens sejam feitas com planejamento e sem comprometer a renda ou outro investimento para aposentadoria. Com organização antecipada e poupando de acordo com uma estratégia bem definida, é possível se divertir sem
problemas financeiros. Claro, que se a viagem não pode ser pensada com antecedência, existem opções para serem usadas com cautela, como o cartão de crédito (para a compra de uma passagem, por exemplo) ou incentivos governamentais
como a Lei nº 10.741, de 2003, que garante vaga gratuita para idosos em ônibus interestaduais desde que se adeque às regras. Se o assento estiver ocupado, o idoso pagará 50% do valor da tarifa. Para conseguir o benefício, é preciso
solicitá-lo com antecedência de, no mínimo, três horas antes da partida.

Levando em consideração as condições financeiras, de saúde, a disposição, o tempo do percurso e o tempo de estadia, não há motivos para não se render ao cenário e se inspirar para organizar uma viagem e aproveitar o tempo livre que a
aposentadoria proporciona.

Fonte: Correio Braziliense

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