Ter faculdade impulsiona o salário. Mas isso é só o começo

Compartilhe:

Ter um diploma é mais do que um papel. É uma travessia. Um rito de passagem que, muitas vezes, custa caro — em dinheiro, em tempo, em esforço. Mas também pode ser o primeiro passo para uma vida com mais escolhas. Não porque o papel em si transforma, mas porque ele abre portas que, sem ele, permanecem trancadas.

As estatísticas dizem que quem tem ensino superior ganha mais. E tem menos chance de ficar sem trabalho. Mas estatística não abraça. Ela não consola quando o salário não dá. Ela não explica por que tantos jovens duvidam da faculdade. E talvez seja porque veem influenciadores que parecem ter tudo — dinheiro, fama, liberdade — sem nunca terem pisado numa sala de aula. Ou talvez seja porque o mundo exige pressa, e a faculdade pede tempo.

Mas o mundo corporativo não é feito de atalhos. É feito de escadas. E algumas são longas. Se alguém disser que faculdade não vale mais a pena, escute com cuidado. Depois, procure os dados. Em 2024, segundo o FGV IBRE, quem tinha faculdade completa ganhava, em média, 126% a mais do que quem parou no ensino médio ou não concluiu o curso. Isso é muito e é concreto.

Ganhar mais não é viver melhor. É saber o que fazer com o que se ganha

Você pode ganhar R$ 5.000,00 e gastar R$ 5.500,00. E viver endividado. Porque o salário maior é só uma promessa. E promessas, quando mal cuidadas, viram frustração.

Educação financeira é aprender a cuidar do que se tem. É resistir ao impulso de gastar mais só porque se ganha mais. É entender que carro novo, aluguel alto e jantares frequentes não são sinônimos de sucesso. São escolhas. E escolhas têm preço.

Começar cedo é um privilégio. Se aos 25 você já tem um salário melhor, tem também tempo. E tempo é o que faz os juros compostos virarem mágica. Investir 10% do que se ganha, todo mês, pode parecer pouco. Mas é esse pouco que vira muito com paciência e constância.

Antes de pensar em riqueza, pense em segurança. Monte uma reserva de emergência. Ela é o colchão que te segura quando o chão falta. E o chão, às vezes, falta.

Previdência não é sobre envelhecer. É sobre liberdade

Planejar o futuro não é coisa de velho. É coisa de quem quer escolher. Escolher quando parar. Escolher como viver. Escolher sem medo.

A previdência privada ainda é ignorada por muitos jovens. Talvez porque pareça distante. Mas ela é urgente. Porque o teto do INSS é baixo. E quem ganha mais, contribui mais — mas não recebe proporcionalmente. E há o risco de o sistema não dar conta. Mas essa é outra conversa.

A previdência privada é o que garante que você não vai cair de repente, quando parar de trabalhar. É o que mantém o padrão e o que sustenta a liberdade.

Se sua empresa oferece plano corporativo, pense com carinho. Planos corporativos, como o Plano PAI, administrado pela Fundação Itaúsa Industrial, pode ser uma porta aberta para um futuro mais leve. Nesta modalidade, a empresa patrocinadora contribui com o mesmo valor investido pelo colaborador. Isso acelera o acúmulo de patrimônio e aproxima o participante mais rapidamente de sua meta de patrimônio acumulado.

Ter faculdade é abrir uma porta. Investir com consciência é mantê-la aberta. E planejar a previdência é garantir que ela não se feche quando você mais precisar. Porque planejar o futuro não é sobre controle. É sobre cuidado. E cuidar de si é o ato mais transformador que existe.

Com informações da Folha de São Paulo

Últimas Notícias