Saiba tudo sobre planejamento financeiro para morar sozinho

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Morar sozinho é um verdadeiro rito de passagem para muitos, sinônimo de liberdade e autonomia. No entanto, essa jornada exige um planejamento financeiro bem estruturado para que o sonho não vire pesadelo. Antes de empacotar suas coisas e dar o grande passo, é fundamental entender todas as despesas envolvidas.

Sem dúvidas, o aluguel é a despesa mais significativa e seu valor varia drasticamente com base na localização e no tamanho do imóvel. Em uma cidade como São Paulo, por exemplo, o preço do metro quadrado de um apartamento de um quarto pode ter uma grande variação. Além do aluguel, considere sempre:

  • Condomínio e IPTU: esses são gastos fixos que impactam bastante o orçamento e não podem ser ignorados.
  • Taxas extras: algumas propriedades podem ter taxas adicionais que incidem sobre o aluguel.

Se você pensa em comprar um imóvel, leve em conta o valor de entrada e as taxas de juros de um financiamento imobiliário.

Uma dica de ouro: morar perto do trabalho pode compensar. Pagar um pouco mais no aluguel para reduzir o tempo e o dinheiro gastos com transporte não só economiza, como também oferece mais qualidade de vida.

Contas essenciais e o estilo de vida

Com a casa própria ou alugada para morar só, chegam as contas. As despesas essenciais incluem:

  • Energia elétrica: o tamanho do imóvel e seus hábitos de consumo influenciam diretamente o valor. Pequenas atitudes, como apagar as luzes ao sair de um cômodo, fazem diferença.
  • Água: assim como a energia, o consumo de água varia com o estilo de vida e o tamanho da casa.
  • Gás: essencial para aquecimento e fogão, algumas vezes esse custo vem embutido na conta do condomínio.
  • Internet: hoje em dia, é um custo básico para comunicação e entretenimento. Pesquise planos que se encaixem nas suas necessidades e orçamento.

Há também os custos extras que podem fazer parte do seu orçamento, dependendo das suas escolhas:

  • TV a cabo e/ou serviços de streaming: se você é fã de filmes e séries, inclua esses serviços.
  • Limpeza ou faxina: se você pensa em contratar alguém para ajudar na organização da casa, pesquise a média de valores para o serviço.

Embora possam parecer menores individualmente, a soma dessas contas extras também pesa no orçamento mensal.

Gastos com alimentação e transporte

Ao morar sozinho, você será responsável por todas as compras do mercado, desde alimentos até produtos de higiene pessoal e limpeza. Prepare-se para:

  • Alimentação: liste o que faz parte da sua alimentação diária e calcule o quanto gastaria mensalmente. Cozinhar em pequenas quantidades pode ajudar a economizar e evitar desperdícios. Para se ter uma ideia, em abril de 2025, o custo médio de uma cesta básica ideal para uma alimentação saudável no Brasil foi de R$ 432 por pessoa.
  • Higiene pessoal: sabonetes, shampoos, pastas de dente e outros itens básicos.
  • Produtos de limpeza: sabão para lavar roupas, desinfetantes, detergentes e outros itens podem aumentar consideravelmente a conta do mercado.

Os gastos com transporte variam de acordo com a distância entre sua casa, trabalho, faculdade e outros compromissos. Considere os custos com:

  • Transporte público.
  • Combustível e manutenção de automóveis.
  • Manutenção de bicicletas.

Saúde e segurança: pensando no futuro

Para uma vida mais segura e tranquila, é importante considerar:

  • Plano de saúde e medicamentos: despesas relacionadas à saúde podem surgir, e ter um plano ou reserva para isso é crucial.
  • Seguro residencial: oferece proteção adicional contra imprevistos como roubos ou danos estruturais.

Calculando e planejando seu orçamento

Com todos os valores em mãos – aluguel, energia elétrica, internet, mercado, transporte e outros –, some tudo para ter uma estimativa do custo mensal de morar sozinho.

É recomendado que as despesas com aluguel, condomínio e impostos não ultrapassem 30% da sua renda total. Por exemplo, se sua renda líquida é de R$2 mil, o ideal é que os gastos com habitação não ultrapassem R$600 por mês.

Lembre-se de que, além dos gastos com a casa, é muito importante ter dinheiro para investir em lazer, educação e em seus planos de curto, médio e longo prazo, como viajar, comprar uma casa e se aposentar, considerando um plano de previdência privada. Ter uma reserva de emergência também é essencial para eventuais contratempos.

Morar sozinho com pouco dinheiro: é possível?

Sim, é totalmente possível! Se seu orçamento é limitado, comece pesquisando por opções de moradia mais acessíveis, como apartamentos menores e em bairros com valor de metro quadrado mais compatível com sua realidade financeira.

Com um planejamento financeiro cuidadoso e a consciência de todos os custos envolvidos, você estará preparado para desfrutar das belezas e dos desafios de morar sozinho. Qual dessas dicas você vai colocar em prática primeiro?

Com informações de Quinto Andar e Nubank

 

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