Saiba como está o cenário para quem investe na poupança

Compartilhe:

Há anos a caderneta de poupança aparece no topo da lista dos investimentos preferidos pelos brasileiros. A explicação para essa popularidade está na segurança que esse tipo de aplicação oferece, além de ser prática e isenta de imposto
de renda. De fato, a caderneta de poupança é segura, mas, por outro lado, não gera grande resultado como outros investimentos que flutuam atrelados à taxa Selic (taxa de juros básica da economia, cuja meta é definida pelo Banco
Central).

O que está acontecendo agora é que diante do cenário econômico mais instável, o número de retirada do montante na caderneta de poupança está maior do que o aplicado. A retirada de recursos superou as aplicações em R$ 57,05 bilhões de
janeiro a outubro deste ano, segundo o Banco Central. É a maior movimentação líquida de valores dessa modalidade de investimento para os 10 primeiros meses de um ano desde o início da série histórica do Banco Central, em 1995.

Entre as razões que explicam essa situação está o fato de que com a recessão econômica, sobram menos recursos para aplicações. Além disso, a caderneta de poupança perde vantagem no atual cenário de juros e dólar altos, onde outros
investimentos tornam-se mais atrativos. Isso ocorre porque o rendimento dos fundos de renda fixa, por exemplo, sobe junto com a Selic.

Já o rendimento das cadernetas, quando a taxa de juros está acima de 8,5% ao ano, como atualmente, está limitado em 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR). Com a taxa básica de juros da economia atualmente em 14,25% ao
ano, a caderneta de poupança perde para os fundos de renda fixa na maior parte das situações, segundo estimativas da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Para analisar

Apesar da perda de rendimento com o processo de alta dos juros, a caderneta de poupança ainda pode ser uma boa opção, em casos específicos. É uma boa alternativa, por exemplo, para pequenos poupadores (com pouco dinheiro guardado),
para pessoas que buscam aplicações de curto prazo (poucos meses) ou que procuram formar um “fundo de reserva” para emergências.

Nos fundos de investimento, ou até mesmo no Tesouro Direto (programa do governo de compra de títulos públicos pela internet), há cobrança do imposto de renda e, na maior parte dos casos, de taxa de administração. Nos fundos de
investimento e no Tesouro Direto, o IR incide com alíquota regressiva, ou seja, quanto mais tempo os recursos ficarem aplicados, menor é o valor da alíquota incidente no resgate. Por isso, é preciso avaliar com cuidado os objetivos e
perfil investidor na hora de optar pelo tipo de investimento.

Fontes: Economia ao Minuto e Tribuna Hoje

Últimas Notícias