Quais as alternativas à poupança em cenário de juros baixos?

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A redução das taxas de juros faz com que a caderneta de poupança, investimento preferido do brasileiro, perca atratividade. Mas existe alguma alternativa tão prática quanto ela para o pequeno investidor?

Além de ser um investimento de baixo risco, a poupança também é considerada uma opção simples de gerenciar, possibilitando saques e depósitos a qualquer momento, e sem incidências de Imposto de Renda. Em 2019, o volume total de dinheiro guardado pelos brasileiros na poupança chegou a R$ 845 bilhões, mas a captação foi a menor dos últimos três anos, segundo dados do Banco Central.

Ao longo do tempo, a poupança já não tem sido considerada uma opção muito rentável. Porém, com a taxa básica de juros (Selic) no menor valor histórico, de 4,25% ao ano, o rendimento diminuiu ainda mais. A regra estabelece que quando a Selic está abaixo de 8,5% o rendimento da poupança será de 70% da taxa básica mais a TR (Taxa Referencial), que está próxima de zero.

Alternativas de baixo risco

Especialistas alertam que, apesar disso, a poupança pode continuar sendo uma opção para formar uma reserva de emergência, devido à segurança e à facilidade de resgatar o dinheiro, especialmente para quem tem perfil conservador na hora de investir. Com isso, uma alternativa interessante é manter uma quantia na poupança e diversificar outra parte.

Alguns alertas são importantes para uma comparação. Grande parte dos produtos de renda fixa do mercado, pro exemplo, está rendendo menos do que a poupança, como é o caso dos fundos DI. Uma possibilidade é buscar um CDB com rentabilidade igual ou superior ao CDI e com liquidez diária, que permita resgatar rapidamente.

Investir no Tesouro Direto é outra opção. O Tesouro Selic tende a ser mais vantajoso do que a poupança mesmo no menor prazo de resgate, até 180 dias, quando há maior alíquota de Imposto de Renda, de 22,5%. Para prazos maiores, a alíquota também é reduzida.

Para quem estiver buscando aumentar o rendimento, o novo cenário de juros baixos vai exigir correr mais riscos e colocar parte do dinheiro em renda variável, como é o caso de ações. E é preciso ter em mente a questão do tempo, pensando em necessidades e projetos de curto, médio e longo prazos. Para quem tem foco no futuro e pensa na aposentadoria, reservar uma parte para a previdência complementar é importante como estratégia de diversificação dos investimentos.

Com informações de UOL Finanças e Valor Investe.

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