Planejar a aposentadoria é poder fazer escolhas

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Artigo publicado originalmente no LinkedIn, por Henrique Haddad*

 

O ano de 2021 vem sendo para mim um período de muitas reflexões, não só sobre tudo o que tem acontecido em função da pandemia, mas também em relação ao futuro e minha aposentadoria. Em janeiro, quando completei 55 anos, passei a ter acesso ao saldo do primeiro plano de previdência privada ao qual aderi em minha trajetória profissional… Sim, este momento tão especial chegou!

Outro acontecimento que me fez analisar o tema foi a comemoração, neste mês de maio, dos 20 anos do PAI, principal plano de previdência complementar oferecido pela FUNDAÇÃO ITAÚSA INDUSTRIAL, entidade da qual sou diretor-presidente.

Estive pensando no quanto minhas expectativas com a aposentadoria mudaram nas últimas décadas e na transformação que vem ocorrendo nas previdências pública e privada no país. Em meus 36 anos de vida profissional, tive a oportunidade de trabalhar em empresas que ofereciam planos de previdência complementar como benefício e sempre quis aproveitar essa oportunidade.

Ao longo dessa trajetória, minha visão e minhas expectativas sobre a tão sonhada aposentadoria evoluíram. No início, era natural planejar a hora de parar de trabalhar. O tempo foi passando e minhas metas também se transformaram: o foco passou a ser viver melhor no futuro. Ter uma reserva sempre significa a possibilidade de fazer escolhas. E mesmo me sentindo muito produtivo e não pensando em parar de trabalhar por enquanto, sei que posso planejar uma mudança no estilo de vida em algum momento.

Quando aderi ao meu primeiro plano de previdência, as condições da previdência social e também da previdência privada eram muito diferentes. Há quase três décadas, a previdência complementar não era tão disseminada nem tão acessível.

Por outro lado, mesmo com os alertas de que a previdência social como existia era insustentável, as pessoas ainda nutriam a sensação de que o governo cuidaria delas na velhice. Agora, já está cada vez mais claro que isso não vai ocorrer. Tivemos há dois anos uma reforma do sistema previdenciário e muito possivelmente virão outras. Afinal, será necessário buscar o equilíbrio em um cenário de aumento da longevidade da população.

Mesmo assim, na gestão do Plano PAI, tenho visto que ainda é um grande desafio convencer jovens de 20 ou 30 anos a pensar em sua vida após os 60. E é na juventude que deveríamos começar a planejar a aposentadoria, pois nessa fase temos menos compromissos financeiros, a possibilidade de investir menos dinheiro – pois há mais tempo para acumular – e a oportunidade de arriscar mais.

Além disso, quando falamos em planos que contam com empresas patrocinadoras são oferecidas vantagens. No Plano PAI, por exemplo, as patrocinadoras aportam como contrapartida o mesmo valor investido pelo colaborador, dobrando o montante aplicado. Outras conveniências são contar com um grande gestor para operar o patrimônio, uma equipe próxima para orientar e que define estratégias adequadas ao perfil dos colaboradores.

Nesses 20 anos de história, temos realizado um processo de modernização constante no Plano PAI, buscando torná-lo mais flexível e atrativo. Hoje, já são mais de 8 mil pessoas contando com esse benefício. Em 2014, foram lançados os três diferentes perfis de investimento, que possibilita aos participantes alocar seu patrimônio em investimentos de acordo com suas expectativas e tolerância a risco.

Nesse período, também temos investido bastante em disseminar informações sobre educação financeira e previdenciária. Mais recentemente, chegaram ferramentas e aplicativos digitais para facilitar a gestão e ampliar a autonomia dos participantes.

Todas essas transformações foram especialmente importantes desde o início da pandemia. O processo de digitalização facilitou a gestão do patrimônio por cada um dos participantes. E o trabalho educativo de longa data contribuiu para dar segurança para atravessar o período de tempestade, com a alta volatilidade econômica.

Com tantos avanços, 2021 é tempo de celebrar as duas décadas do Plano PAI. Que este plano continue sendo o caminho para muitas pessoas fazerem suas escolhas de vida. Nosso propósito segue sendo o de apoiá-las a planejarem o seu futuro sempre e cada vez mais cedo. Que venham muitas décadas mais!

Henrique Haddad é diretor presidente da Fundação Itaúsa Industrial e CFO & Investor Relations VP at Duratex S.A.

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