Viver Melhor
Pesquisa: consumo consciente é bom mas poucos praticam
Estar consciente sobre a necessidade de controlar o consumo não significa, necessariamente, colocar isso em prática. Pelos menos, é o que aponta a última pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de
educação financeira Meu Bolso Feliz.
O levantamento realizado em todas as capitais do país mostrou que o brasileiro reconhece que as atitudes cotidianas ligadas ao consumo são importantes para a vida em sociedade, mas nem todos conseguem praticar individualmente ações
nesse sentido. E a situação é ainda mais crítica em relação aos jovens entre 18 e 29 anos.
Em uma escala de 1 a 10, os entrevistados deram nota média de 8,8 para a importância do tema ‘consumo consciente’, mas no conjunto final das perguntas feitas para a análise, apenas dois (21,8%) em cada dez brasileiros podem ser
considerados consumidores plenamente conscientes. Para chegar a esse número, o SPC Brasil avaliou uma série de questões relacionadas aos hábitos que fazem parte da rotina dos brasileiros e concluiu que 69,3% dessas ações são
classificadas como ‘conscientes’.
Resultados
A análise segmenta os consumidores em três categorias, de acordo com a intensidade da prática dos comportamentos considerados adequados: ‘consumidores conscientes’, que apresentam frequência de atitudes corretas acima de 80%;
‘consumidores em transição’, cuja frequência varia entre 60% e 80% de atitudes adequadas; e ‘consumidores nada ou pouco conscientes’, quando a incidência de comportamentos apropriados não atinge 60%.
A pesquisa chegou à conclusão, portanto, que o brasileiro é, em média, um consumidor que está em estado de transição. A ideia da criação desse “Indicador de Consumo Consciente” é exatamente ter uma ferramenta para acompanhar e
compreender mudanças e avaliar se estamos caminhando em direção a uma sociedade capaz de promover e estimular práticas mais equilibradas nas relações de consumo.
O levantamento mostrou também que 74% dos entrevistados realizam as atividades consideradas adequadas para o uso racional da água, assunto preocupante no momento, sendo que a ação mais citada é a de fechar a torneira enquanto escova
os dentes (90,4%). Além disso, 76,4% dos entrevistados disseram não utilizar o carro para fazer pequenos deslocamentos dentro das cidades.
Sobre a juventude e o consumo
A pesquisa mostrou que os consumidores mais jovens são os que menos adotam práticas adequadas de consumo. O percentual de atitudes corretas, que é de 69,3% para a população em geral, sobe para 74,2% entre os entrevistados com idade
acima dos 56 anos e cai para 64,5% entre o universo de consumidores com idades que variam entre os 18 e 29 anos.
Acredita-se que esses números podem ser explicados pelo fato de que nesse período de vida, apesar de todo o acesso à informação, as pessoas são mais individualistas e preocupadas em atender mais suas próprias necessidades do que as
coletivas.
Fonte: Site O Dia