Pensando em trocar de carro? Cuidado com o financiamento

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Que brasileiro gosta de carro todo mundo sabe e os números mostram bem: a frota circulante no país chegou a 41,5 milhões em 2014, um crescimento de 3,7%, segundo os dados do Sindipeças (Sindicato Nacional de Componentes para Veículos
Automotores) no último ano. Compra, troca e venda de um automóvel são assuntos do cotidiano que pedem mais atenção de quem vai adquirir esse bem no cenário econômico atual.

Antes de tudo, é bom se perguntar: preciso mesmo comprar/trocar o carro agora? Tenho condições para arcar com as despesas de um veículo novo? Para dar o primeiro passo é preciso conhecer bem suas condições e entender as vantagens e
desvantagens de cada decisão, sempre atento às armadilhas que podem aparecer.

A verdade é que o brasileiro já se acostumou com o financiamento, prática que ajuda quem não tem o montante completo para uma compra, mas que precisa do produto. No entanto, por conta de juros e outras taxas referentes à compra de
carros, planejar e pagar de uma vez negociando um bom desconto tem se mostrado uma prática mais vantajosa.

Se não for possível fazer essa compra à vista é preciso tomar cuidado com o famoso “taxa zero, parcelas fixas mensais e tudo sem juros” dos financiamentos. Parece tentador, porém, a compra de um carro com parcelas a “juro zero”
costuma embutir pelo menos três custos que normalmente só são veiculados nas letras miúdas das propagandas comerciais. Fique atento:

1) Taxa de juros pode, sim, existir. Mas não na forma de 1%, 2% ou 3%, e sim com algum número depois da vírgula do zero, à direita. Por exemplo: 0,9%, 0,8% 0,7% a.m. Por isso, é bom se certificar se as parcelas não sofrerão algum tipo
de correção e se isso não está escondido nos contratos.

2) Custo do IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros) sempre está presente. Por se tratar de uma operação financeira, deve incidir o IOF, que, atualmente, é de 3% nos financiamentos de Crédito Direto ao
Consumidor (CDC) – a modalidade mais usada nas compras a prazo de veículos. E ainda há a taxa de 0,38% que incide no momento da abertura do crédito. Fique de olho nesse acréscimo no valor fechado para o financiamento.

3) Cuidado também com a TAC – Taxa de Abertura de Crédito, uma tarifa cobrada pelos bancos, que varia de R$ 700 a R$ 1.000,00 para “administrar” os trâmites da compra. A legalidade dessa cobrança de taxa vem sendo questionada na
justiça, mas ainda é algo constante nas lojas de automóveis.

Por isso, é sempre bom olhar para o Custo Efetivo Total (CET) da compra do veículo, pois o juro nominal das prestações pode até ser zero, mas o juro efetivo jamais será, em função desses custos apresentados.

Fonte: UOL, Site Best Cars e Blog Valores Reais

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