O impacto da inflação da saúde sobre as finanças dos idosos

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Os preços estão aumentando, não só na feira, no supermercado ou no posto de combustível, mas também nas farmácias e nos planos de saúde. Para os idosos, a inflação dos medicamentos e serviços médicos pesa mais. Nesta fase da vida é comum haver maior necessidade de remédios e atendimentos clínicos e hospitalares.

Em maio deste ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou o reajuste de 15,5% sobre os planos de saúde individuais e familiares. É o maior percentual de aumento anual desde 2000. Mas não para por aí.  Quem, em 2022, completar 59 anos de idade poderá desembolsar 43,1% mais, em média, para manter o plano. O cálculo é do professor Mário Scheffer, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. É que, além do reajuste que vale para todos os planos, as operadoras ainda podem elevar as mensalidades por faixa etária.

O professor é crítico a estes reajustes que, segundo ele, expulsam os mais velhos da saúde suplementar. “A pessoa paga o plano a vida inteira e quando chega aos 59 anos, e mais precisa, não consegue arcar com os custos mais”, diz.

Medicamentos mais caros – Está valendo, desde o início de abril, o reajuste máximo de 10,89% nos preços dos remédios. Este percentual fica acima da inflação de 10,06% medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A alta nos preços nas farmácias superior à inflação oficial vem desde o ano passado, pressionando o orçamento da população, especialmente dos idosos de baixa renda e com problemas de crônicos de saúde.

 

Pesquisa da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias realizada em 2021, constatou que 59% dos idosos deixaram de comprar medicamentos por falta de condições financeiras.

 

Com informações do portal Conjur, G1, Estadão e Instituto Longevidade e Outra Saúde

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