O cheque especial mudou, mas os cuidados devem continuar!

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Desde 1º de julho deste ano, entraram em vigor as novas regras para o uso do cheque especial. As medidas foram elaboradas pelo conselho de autorregulação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e
determinam a oferta de alternativas para o pagamento do saldo devedor e melhores condições de pagamento. Mesmo assim, é preciso ter cuidado com o cheque especial, para não cair em armadilhas financeiras.

O cheque especial é uma modalidade de crédito rotativo vinculada à conta corrente do usuário, sem a necessidade de garantia. Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao
Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontou que 17% dos consumidores brasileiros recorreram ao cheque especial nos últimos 12 meses.

Uma das principais medidas das novas regras do cheque especial é a oferta automática de parcelamento mais barato para consumidores que usaram mais de 15% do limite disponível por 30 dias consecutivos. Os bancos
também deverão oferecer mais opções de renegociação e ofertas de pagamento com taxas mais baixas.

Também serão usados os canais de relacionamento com o cliente, como internet e telefone, para alertar o consumidor sempre que este entrar no cheque especial. No alerta, será lembrado que esse tipo de
crédito deve ser utilizado apenas em situações emergenciais.

Já nos extratos bancários dos clientes, outra mudança está no saldo, que aparecerá de forma separada do saldo e do limite do cheque especial. A medida serve para que o usuário do
serviço não confunda o valor do crédito como sendo saldo positivo em sua conta.

Mas, mesmo com esses ajustes, cuidados com o cheque especial sempre devem ser tomados. O primeiro deles é analisar a taxa de juros da linha de crédito oferecida pelos bancos ao negociar a dívida; quanto menor a
taxa, mais fácil o pagamento.

E principalmente: deve-se redobrar os cuidados para não se utilizar novamente o limite. Suas taxas de juros costumam ser altas e o que parece uma solução pode se tornar uma bola de neve. Procurar entender porque
foi necessário recorrer ao cheque especial e mudar o comportamento em relação ao uso do dinheiro é a melhor vacina contra a doença do endividamento descontrolado.

Com informações de O Tempo

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