Número de empreendedores cresce mesmo com a pandemia no Brasil

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Mais de 620 mil micro e pequenas empresas foram abertas em 2020. Os números refletem o período de instabilidade econômica que o país atravessa e a sagacidade do brasileiro de se reinventar em cenários de crise financeira. Com os impactos causados pela pandemia em toda a economia, milhares de pessoas encontraram caminhos no empreendedorismo como forma de seguir gerando renda,

A modalidade microempreendedor individual teve destaque. Dos negócios abertos, 85% eram microempresas (MEI). Os setores de maior crescimento foram serviços combinados de escritório e apoio administrativo (20.398 empresas), comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios (16.786), e restaurantes e similares (13.124). Já as empresas de pequeno porte marcaram 15% e os setores de destaque foram serviços combinados de escritório e apoio administrativo (3.108), construção de edifícios (2.617) e comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (2.469).

Entre as categorias de atuação dos negócios abertos por quem decidiu encontrar uma nova fonte de renda estão o comércio varejista de vestuário e acessórios; promoção de vendas (ocupações MEI de panfleteiro independente e promotor de vendas independente); cabeleireiros, manicure e pedicure; fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar; e obras de alvenaria – ocupação MEI de pedreiro independente).

Novos nichos de mercado

Para quem está pensando em empreender,  Parceiros do Futuro preparou algumas dicas sobre setores que vão impulsionar a retomada da economia explorando novas possibilidades de mercado. A mais valiosa, talvez, seja esta: em tempos de Covid-19 e isolamento social, quem deseja complementar sua renda com um novo negócio precisa estar atento à comunicação com o cliente, estabelecendo uma relação de confiança e fidelidade que resista às condições adversas que estamos enfrentando.

Outra sugestão é sair do campo comum e procurar ideias de negócios diferenciados para empreender, encontrando um novo público, que tenha pouca oferta do produto ou serviço, mas boa demanda de pessoas – potenciais clientes – em busca dele.

Isso não significa realizar um trabalho totalmente inédito; você pode buscar ramos que estejam em alta, garantindo seu toque ao oferecer o produto ou serviço. Aqui vão quatro sugestões para abrir a mente:

1 º Clube de assinaturas

No Brasil, esta tendência cresceu 10% até setembro de 2020, segundo dados publicados na Valor Investe. Para se ter uma ideia, em 2015, existiam apenas 300 empresas no setor; hoje, o número estimado é de quase 4 mil clubes. Entre os segmentos que se destacam estão livros (27%), bebidas (18%) e alimentos (17%). Mas as possibilidades são inúmeras: é possível desenvolver clubes de assinatura de doces, maquiagem, acessórios para pets, tipos de café e qualquer produto que o público possa receber em casa.

2º Produtos vegetarianos e veganos

Este é outro mercado que vem crescendo bastante no país. Segundo uma pesquisa do Ibope sobre hábitos alimentares veiculada no G1 em 2018, 14% da população brasileira se declara vegetariana (30 milhões de pessoas). Hoje, três anos depois e em um cenário de forte preocupação com alimentação e boa saúde, os números certamente aumentaram. Além disso, 55% dos brasileiros afirmam que consumiriam mais produtos veganos se os ingredientes estivessem indicados na embalagem. O que pode ser uma boa oportunidade para quem adentra no nicho de alimentação, como empresas de marmitas sem produtos de origem animal, entre outros segmentos.

3º Cosméticos naturais

Também na pegada de um mundo mais sustentável e consciente estão as possibilidades de venda de cosméticos artesanais. De acordo com um estudo da plataforma Teads publicado em 2020 na Brazil Beauty News, 62% dos brasileiros acreditam que os cosméticos deveriam ser formulados apenas com ingredientes naturais e orgânicos. Uma tendência que pode ser explorada, como sabonetes, xampus e condicionadores produzidos com ativos naturais e xampus e condicionadores sólidos, dispensam o plástico da embalagem.

Com informações de Agência Brasil e Blog Conta Azul

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