Maioria dos brasileiros não tem reserva para emergência

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Os brasileiros são os mais vulneráveis financeiramente em caso de emergência, de acordo com um estudo do Banco Mundial: os números mostraram que 44%, o que representa mais de 70 milhões de pessoas acima dos 15 anos, consideram
impossível levantar cerca de R$ 2.500 numa necessidade extrema (valor escolhido pelo órgão para permitir comparações e equivalente a 1/20 do PIB per capita). No mundo só sete países estão mais despreparados.

De acordo com a pesquisa, dos brasileiros que acham possível obter a quantia sugerida, apenas 16% dizem poder recorrer às próprias economias; mais da metade respondeu que pediria ajuda a amigos ou parentes. Na verdade, isso só
confirma os dois principais pontos que o brasileiro não tem o costume de pensar: seguro de vida para o pai ou mãe de família e a reserva de emergência.

O problema disso, segundo especialistas em finanças, é que nem sempre tudo sai como planejado e pode haver problemas no caminho. O indicado para quem pensa em se preparar para imprevistos é ter um fundo de emergência que varia de 3 a
12 vezes o custo mensal da família – mas isso, claro, depende e varia de acordo com profissão, estabilidade de renda, do estado civil e outros itens.

Detalhes

O estudo do Banco Mundial leva em conta só a poupança financeira, que é um dos itens de patrimônio capazes de assegurar recursos para aposentadoria ou em uma emergência. Lembrando que a posse de imóveis, de veículos, de bens duráveis
que possam ser vendidos e mesmo o investimento em educação são também considerados formas de poupança.

Um estudo feito a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou que 81% das famílias têm poupança financeira nula. Se a casa própria for considerada, passa para 61%
os de poupança zero e 47% que não têm dinheiro, casa ou carro como patrimônio.

Construir indicadores que levantem o lado patrimonial das famílias para avaliar seu equilíbrio financeiro é considerado importante pelo Banco Central, conforme seu relatório de inclusão financeira de 2014. Isso porque o número de
pessoas físicas com caderneta de poupança, por exemplo, não é o suficiente, uma vez que nessa época do relatório, dos 131,8 milhões de brasileiros com caderneta, 60% tinham menos de R$ 100, o saldo médio era R$ 1,66. 45% das famílias
não tinham sobra financeira regular.

A dica diante do cenário atual é tentar se manter regular nas escolhas feitas para a reserva e pensar em uma forma de conquistar mais segurança financeira. Pesquise, leia, procure opiniões diversas para tomar decisões que combinem com
seu estilo de vida e perspectivas para o futuro.

Fonte: Folha de São Paulo

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