Jovem começa a valorizar o hábito de economizar para a aposentadoria

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Uma pesquisa realizada pela gestora de investimentos britânica Schroders apontou que pessoas de 18 a 37 anos têm se mostrado mais preocupadas com a aposentadoria do que as gerações que hoje estão na faixa etária de 38 a 70 anos.

O levantamento foi feito com mais de 25 mil respondentes de 32 países, entre eles o Brasil. Segundo a pesquisa, os mais jovens estão guardando, em média, 16% da renda anual para usar no futuro.

Já as gerações mais velhas guardam entre 14% e 15% de tudo que recebem anualmente para a aposentadoria. Pode parecer pouco essa diferença de apenas 1 ponto percentual, mas o valor economizado é muito maior quando se considera que quanto antes se começa a poupar, mais o dinheiro pode render.

Os jovens participantes da pesquisa também estão mais abertos a ampliar o capital investido. Entre eles, 97% concordou que poderia aumentar os investimentos, contra 82% das gerações anteriores. A pesquisa revela que, apesar de serem mais suscetíveis a gastar por impulso, pessoas nessa faixa etária ainda assim conseguem economizar mais.

Isso se daria porque os jovens que poupam para o futuro o fazem porque foram expostos muito cedo às notícias sobre as crises dos fundos de pensão, como a que ocorreu na Europa, em países como Grécia e Espanha.

Uma projeção do Grupo dos 30, entidade internacional de análise econômica, estima que até 2050, haverá um déficit de US$ 15,8 trilhões nos sistemas de previdência de países de todo o mundo. Isso porque, antes, os jovens, que eram maioria, contribuíam com as pensões dos mais velhos. Mas a pirâmide etária vem se invertendo e, com o envelhecimento da população, vários países terão que garantir subsistência básica aos mais velhos.

Por conta disso, cortes vêm sendo feitos, assim como reformas previdenciárias. É o caso do Brasil, por exemplo: com o aumento da expectativa de vida do brasileiro, que está levando a pirâmide etária a se inverter nas próximas décadas, o país terá a maioria de idosos até 2050.

Como os mais jovens sabem que poderão contar cada vez menos com programas de pensão, a consciência de um comportamento mais poupador somada a mais informação e conteúdo relacionados à educação previdenciária podem estar tornando as populações mais conscientes financeiramente.

Com informações do portal Valor Investe

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