Financiamento e consórcio: vantagens e desvantagens para imóveis

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A aquisição de um imóvel exige planejamento e quanto mais cedo essa organização das finanças começa, maior a chance de conseguir poupar o suficiente e se preparar para comprar à
vista ou dando um bom valor de entrada. No entanto, nem sempre isso é possível e, nesses casos, surgem outras opções que se bem analisadas podem ser um bom negócio. O financiamento e o
consórcio entram nessa lista e, ambos têm suas vantagens e desvantagens.

Em relação ao consórcio, o que acontece é que quem precisa comprar bens de valores maiores tem encontrado nesse modelo uma alternativa para fugir das altas taxas de juros. O consórcio se destaca por
algumas facilidades, como a ausência de juros e a capacidade de reaver o dinheiro investido e pode ser uma boa opção para quem não tem disciplina de guardar dinheiro. No entanto, é preciso ficar
atento aos contratos, pois as taxas administrativas costumam ser elevadas. Além disso, não há como prever quando você será sorteado nesse esquema. É uma surpresa e isso impossibilita uma
mudança programada para o imóvel.

Quanto ao financiamento, esta não é uma opção ruim, mas não está em seu melhor momento, devido à alta da taxa de juros (Selic). É preciso ficar atento, pois existe uma ideia de
que o aluguel, por exemplo, poderia ser o valor de uma parcela do financiamento, mas o que acontece é que os juros encarecem o valor na hora de colocar tudo na ponta do lápis. A vantagem desse modelo é que
não é preciso esperar para morar (geralmente logo após a entrada e primeira parcela) e é possível vender o imóvel sem quitar o financiamento (o comprador assume a dívida ou compra tudo
à vista).

Simulação

Por fim, para decidir qual opção é mais vantajosa, é preciso resolver uma questão matemática. Veja a simulação da compra de um imóvel de R$ 500 mil por consórcio e
financiamento. Para os cálculos foi considerado um custo de financiamento de 11% ao ano (considerando 2015). Já os custos do consórcio foram taxa de administração de 17% (dividida pelo prazo total
do consórcio), fundo de reserva de 1% (também considerado o prazo integral do consórcio) e correção pelo INCC de 5% ao ano.

Esses custos são constantemente atualizados de acordo com o mercado, é preciso consultá-los para valores mais precisos no período da negociação. De qualquer modo, a conclusão é
que o consórcio sai mais barato do que o financiamento pelo SAC e pela tabela price – sistemas usados para financiamento. Pelo SAC o valor tem um custo adicional e fica 6,41% mais caro do que o consórcio. Já o
financiamento pela tabela price custa R$ 65.499,31 e é 8,83% mais caro do que o consórcio.

Comparando o preço médio final de um imóvel de R$ 500 mil (prazo de 120 meses)

Financiamento (pelo SAC)

  • Primeira parcela: R$ 8.750,00
  • Última parcela: R$ 4.410,54
  • Total do financiamento: R$ 789.632,62

Financiamento (pela tabela price)

  • 120 parcelas mensais: R$ 6.729,96
  • Total do financiamento: R$ 807.595,20

Consórcio

  • Primeira parcela: R$ 4.916,67
  • Última parcela: R$ 7.627,37
  • Total do financiamento: R$ 742.095,89

É sempre bom lembrar, no entanto, que não é só o custo, mas também a possibilidade de usufruir o bem no curto, médio ou longo prazo, que pesa na comparação entre financiamento e
consórcio para compra de imóvel.

Fonte: Uol e InfoMoney

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