Entenda as opções de empréstimos frente à atual situação econômica

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Comprar à vista e evitar entrar em dívidas é um dos preceitos básicos da Educação Financeira. Mas, nem sempre isso é possível e diante de diferentes realidades, às vezes, um empréstimo se faz necessário. Com a situação econômica e política do Brasil ainda instável todo cuidado é necessário na hora de contrair um empréstimo para sair do vermelho.

Nesse universo, há créditos mais saudáveis e outros para ficar bem longe. O ideal é comparar os juros médios cobrados no mercado, de diferentes tipos de crédito. É importante ressaltar que há uma discrepante variação de taxas entre os bancos e financeiras, e que muitas vezes os percentuais oferecidos dependem do histórico financeiro. No site do Banco Central, é possível saber a taxa de juros média cobrada por cada instituição, por modalidade de empréstimo.

De qualquer modo, fica um alerta: qualquer tomada de crédito precisa ser consciente e deve fazer parte do seu planejamento financeiro. Além disso, use empréstimos em situações raras, não para financiar o seu dia a dia.

Opções e informações

Financiamento

Financiar um imóvel ou um carro custa bem menos do que outros tipos de empréstimo —apesar de pesar bastante no orçamento— porque esses bens servem como garantia ao banco. Ou seja, se você não paga as parcelas, a instituição financeira tem direito de tomar a casa ou o veículo. Por isso, suas taxas de juros são menores.

Antes de financiar, é preciso calcular se a parcela e os custos de manutenção do bem adquirido caberão no seu orçamento. Há também financiamentos para pagar a faculdade, reformar a casa e comprar bens como uma geladeira, por exemplo. No entanto, as taxas de juros dessas modalidades de crédito são mais altas, porque elas não oferecem garantia.

Crédito consignado

Essa é uma modalidade de empréstimo pessoal oferecida só a funcionários de empresas privadas, servidores públicos e aposentados pelo INSS. Se você tiver acesso ao crédito consignado, ele é o empréstimo mais barato para uma emergência. Suas taxas de juros são menores por conta do risco zero de inadimplência.

O crédito consignado é descontado direto da conta pela qual você recebe o salário ou o benefício do INSS. Ou seja, não existe chance de você não pagar. O problema é ficar inadimplente em outras áreas, sem o dinheiro que foi para o crédito consignado. Por isso, é bom pensar nessa opção apenas em emergências.

Empréstimo pessoal

Você pode tomar um empréstimo pessoal não consignado no caixa eletrônico ou pelo celular, o que torna essa modalidade de crédito mais cara do que um financiamento ou um crédito consignado. Porém, dá para conseguir uma taxa de juros menor em um empréstimo pessoal ao negociar com o gerente.

É provável que você consiga uma taxa melhor no seu banco do que em outra instituição, porque ele consegue avaliar o risco de crédito que correrá ao olhar seu histórico. Pesquisar, nesse caso, é essencial.

Crédito parcelado

Quando você parcela uma compra no cartão de crédito com juros, é provável que pague uma taxa maior do que a de um crédito consignado ou de um empréstimo pessoal. Por isso, fuja das compras parceladas no cartão quando há juros embutidos e tente sempre um desconto para pagar à vista. O cartão de crédito pode ser um aliado se você conseguir se organizar para pagar todos gastos de uma vez só, assim que receber o salário. Mas para parcelar as compras, é preciso um cuidado maior.

Cheque especial

Toda vez que o saldo de sua conta corrente chegar a zero e você fizer mais alguma compra, você usa o cheque especial e paga por isso. Essa modalidade de crédito é pré-aprovada, ou seja, já está facilmente disponível para quando você precisar, por isso a taxa de juros alta é uma forma do banco se proteger da inadimplência.

O que acontece é que muita gente não acompanha quanto gasta, “cai” no cheque especial sem perceber e o banco não alerta para isso. Para evitar que isso aconteça, monitore seus gastos com a ajuda de aplicativos ou planilhas.

Crédito rotativo

Para parcelar a fatura do cartão, você paga um preço alto, o chamado “juros do cartão de crédito”. Essa modalidade é uma das vilãs dos empréstimos e só perde esse posto para o crédito para negativado. Quando você entra no crédito rotativo, a bola de neve está instalada e a dívida pode se multiplicar rápido. Diante do aumento da inadimplência de consumidores, a Abecs (associação das empresas de cartões) está estudando o fim do crédito rotativo.

Fonte: Exame.com

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