Este termo é resultado da junção de estagnação econômica com inflação e significa que a economia parou, mas os preços continuam subindo. O fenômeno pode ter origem após anos de gestão econômica ineficaz do Estado.

O conceito de estagflação foi criado em 1960, durante forte recessão no Reino Unido. Até então, os economistas não acreditavam que tal fenômeno fosse possível.

Quando a economia não cresce e fica no mesmo patamar em relação ao ano anterior, ou seja, zero a zero, é considerado um período de estagnação econômica. As causas podem ser políticas cambiais ineficazes ou política de gastos fiscais elevados.

Já a inflação normalmente acontece quando a demanda está maior do que a oferta. No caso dos combustíveis, por exemplo, a oferta mundial está baixa e os preços no Brasil seguem a paridade internacional e a oscilação cambial. Os preços sobem e o custo de vida aumenta.

Os aumentos do dólar, como têm ocorrido, desvalorizam o real e esta também é uma das fontes de inflação. Outro fator de risco é a crise hídrica, que atinge a produção de alimentos, reduz a oferta e eleva os preços.

Há especialistas que dizem que ainda não passamos por inflação e estagnação ao mesmo tempo. Outros dizem que sim e para estes já estamos, portanto, em estagflação.

A projeção de crescimento do PIB perto de 1% em 2022 é um indicador perigoso para a estagflação, pois é muito próximo de zero.

Solução milagrosa não existe – O caminho é gerar crescimento, emprego, garantir estabilidade e ter a confiança dos agentes da economia, como investidores, empresários e a população em geral. Mas não é simples, ainda mais em momento de instabilidade política.

Então, sair deste período pode demorar e isso afeta também alguns investimentos, como a previdência privada. O jeito é agir com cautela nas finanças, dando mais atenção aos sinais da economia, aos cenários internos e externos e aos impactos no dia a dia para fazer as mudanças necessárias.

 Com informações do The Capital Advisor e blog Nubank