DNA financeiro: como o passado influencia hoje em suas finanças

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Lidar com as finanças pessoais exige um cuidado diário em relação aos gastos, além do olhar atento sobre o futuro: para realizar um sonho é preciso se organizar e poupar. O que poucos sabem é que nossos comportamentos financeiros podem estar ligados ao passado. Entender esse processo ajuda a ter uma vida mais saudável.

Especialistas em economia e psicologia acreditam que a maneira de se comportar hoje em relação ao dinheiro tem conexão com grandes acontecimentos passados, até mesmo com o modo de viver de outras gerações de uma mesma família.

Quando se investiga com mais profundidade as origens de um problema financeiro é comum encontrar as causas em questões como um casamento com alguém com padrão de vida muito diferente, a chegada inesperada de um filho, a compra de um imóvel acima do poder aquisitivo, a compra de um veículo sem considerar o custo da manutenção e assim por diante.

Segundo o educador e terapeuta financeiro Reinaldo Domingos em seu livro “Terapia Financeira”, o que se percebe com frequência é que as pessoas são levadas por grandes acontecimentos e exemplos que tiveram no passado e, quando atingem uma situação financeira caótica, sequer compreendem direito como chegaram até ali. Para ele, é justamente essa conscientização que pode mudar histórias: quais razões emocionais levaram ao desenvolvimento de um comportamento de risco
nas suas finanças?

 

Árvore genealógica

A dica do autor para um autoconhecimento é traçar a árvore genealógica da família: observar qual foi o destino de cada um dos seus antepassados em relação ao dinheiro, identificar se eles morreram endividados ou não, se tinham posses ou não, e se dependiam de terceiros e outras questões. Com essas informações, cada pessoa pode conhecer melhor suas tendências e possíveis origens de crenças em relação às finanças.

Reinaldo propõe pensar ainda sobre o comportamento em relação ao dinheiro desde criança, para descobrir se suas atitudes começaram na adolescência ou início da vida adulta. Assim é possível compreender qual modelo (endividado, equilibrado ou investidor) se tomou como exemplo, conscientemente ou não. Seja qual for o resultado dessa descoberta o importante é que o exercício ajude a perceber o papel do dinheiro para gerações anteriores e posteriores a você.

Fonte: Livro “Terapia Financeira”, Reinaldo Domingos.

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