Diversificar investimentos ganha ainda mais importância na crise

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Buscar a diversificação do portfólio é muito importante para quem vai investir suas reservas em qualquer momento. Mas essa regra se torna ainda mais relevante em tempos de crise, como a provocada pela pandemia do coronavírus.

Para avaliar como montar uma carteira diversificada, é sempre importante levar em conta o perfil do investidor, sua tolerância ao risco, objetivos financeiros e o tempo que se espera deixar o dinheiro aplicado.

Além de considerar o tipo de investimento – renda fixa ou variável –, é importante buscar variações também dentro de cada modalidade. Por exemplo, ao fazer uma alocação em renda variável, é necessário considerar ações de empresas de diferentes setores de atuação e que reajam de forma distinta a impactos econômicos.

Diversificação e crise da Covid

Com a queda da taxa básica de juros no país, quem almeja mais rentabilidade em suas aplicações deve estar disposto a algum risco. Uma prova de que os brasileiros entenderam essa mensagem é o crescimento de novos investidores na bolsa de valores.

Um balanço divulgado em maio pela B3 apontou a abertura de 400 mil novas contas nos dois meses anteriores – em plena crise da Covid-10 –, sendo metade delas com valor inferior a R$ 1 mil. A B3, que tinha atingido 1 milhão de investidores em julho de 2019, chegou a 2 milhões em abril de 2020. Isso ocorreu mesmo considerando que a rentabilidade da bolsa chegou a cair quase 50%.

O economista César Esperandio, do Econoweek, comparou o desempenho do Ibovespa – principal índice da bolsa brasileira – com carteiras diversificadas oferecidas por gestoras de investimento que operam no mercado. Em um dos casos, o prejuízo do Ibovespa foi 36 vezes maior.

Ele destaca que, graças à tecnologia e à democratização dos investimentos, a diversificação está disponível mesmo para quem tem pouco dinheiro para começar. Mas, buscar conhecimento e informação atualizada sobre o mercado é um passo importante antes de tomar essa decisão.

Ativos internacionais

Um relatório da Mercer, empresa de consultoria especializada na área de recursos humanos e previdência privada, indica que o investimento em ativos no exterior pode se tornar uma opção para fundos de pensão brasileiros  a fim de diversificar os riscos do portfólio, considerando que a renda fixa no Brasil tem baixo retorno e a Bolsa, alta volatilidade.

Segundo os dados do relatório, mais de 70% do patrimônio da previdência fechada no Brasil estava alocado em renda fixa, sendo a maior parte em títulos públicos. Pouco menos de 19% está em renda variável. Apenas uma parcela muito pequena, de menos de 0,5%, está em ativos internacionais.

Com a flexibilização das regras pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), investidores brasileiros poderão acessar ativos no exterior chamados Brazilian Depositary Receipts – BDR, que representam ações de empresas estrangeiras, antes restritas apenas a grandes investidores.

Com informações de Estadão, UOL e Blog Magnetis

 

 

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