Dicas para sair da inadimplência e mudar a relação com as contas

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Em maio deste ano, o número de brasileiros negativados ou com o “nome sujo” passou a marca de 60 milhões de pessoas, segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), divulgada recentemente. O que significa que quase 40% da população está com restrições para financiamentos e compras parceladas. A pesquisa considera os brasileiros com contas em atraso e registrados em cadastros de inadimplentes e, isso dispara um alerta: mais do que quitar as dívidas, o brasileiro precisa se organizar e encontrar meios de lidar com desafios financeiros.

Segundo a pesquisa, as contas que os inadimplentes mais atrasaram foram as de serviços básicos, como água e luz, com alta de 6,71%. Nos demais setores analisados houve queda, possivelmente por retração no consumo. Entre os serviços de comunicação, que incluem contas de telefonia, TV por assinatura e internet, a queda foi de -15,30%. Os atrasos no comércio caíram -4,42%, ao passo que as dívidas bancárias como cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e seguros tiveram queda de -2,46% nos atrasos no período pesquisado.

Na análise por faixa etária, a liderança da inadimplência está na faixa etária dos 30 anos, totalizando aproximadamente 17,3 milhões. Já na faixa entre 40 e 49 anos, são 13,2 milhões de consumidores com contas em atraso, enquanto entre os consumidores que possuem de 50 a 64 anos são 12 milhões de devedores. Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, são 4,8 milhões de pessoas. De olho nesse cenário, veja cinco dicas que podem ajudá-lo a sair da inadimplência ou aconselhar quem está nesta situação.

1. Separe as contas: defina aquelas que são de necessidades básicas (como água, energia elétrica, gás e aluguel) e as que têm juros mais altos como prioridades de pagamento. Anote todas as dívidas, assim, é possível enxergar as despesas mensais para fazer cortes.

2. Conheça os seus gastos: anote durante 30 dias todos os gastos que tiver, separando por tipo de despesa. Até mesmo gastos pequenos. No final do período, você deve compreender para onde foi o dinheiro e avaliar onde os custos podem ser diminuídos.

3. Negocie quando for possível: se decidiu negociar uma dívida, avalie se é realmente possível custear as prestações e quitar a dívida sem causar mais problemas.

4. Cuidado com a troca de dívidas: pense bem ao optar por um crédito consignado. Apesar de oferecer juros baixos em comparação ao cartão de crédito, cheque especial e financiamentos, o pagamento é retido diretamente do salário. Com renda reduzida, quem já está em dificuldade com as finanças pode contrair novos endividamentos e problemas ainda maiores.

5. Não esqueça os sonhos: em plena crise financeira, é importante resgatar sonhos e objetivos que realmente importam e que te motivam a dar a volta por cima. Faça uma lista com três sonhos: um de curto prazo (em 1 ano), um de médio prazo (de 1 a 10 anos) e outro de longo prazo (acima de 10 anos), sendo que um deles deve ser, é claro, sair das dívidas!

Fonte: G1 e DSOP

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