Uma pesquisa realizada pelo Banco Central revelou que, ainda que os brasileiros possuam a intenção de equilibrar seu orçamento, 56% acabam não fazendo seu próprio planejamento financeiro doméstico ou familiar. Assim, a cada crise
financeira, o brasileiro mostra-se desprotegido e vulnerável financeiramente, sem uma reserva de dinheiro para momentos de emergência ou para garantir uma previdência complementar.

Também a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) realizou um estudo com 30 países, sobre as populações que têm mais dificuldade em gerir as próprias finanças; o Brasil ficou na 27º posição.

Como resultado, 35% da população brasileira possui dívidas e contas em situação de inadimplência. Reflexo de uma dificuldade para conseguir manter o controle das finanças pessoais e encarar o orçamento doméstico não apenas no momento
presente, mas também de olho no futuro, especialmente depois que se aposentar.

Para corrigir isso, fazer aportes mensais, ainda que de valores não tão altos, pode colaborar bastante com quem quer começar a construir uma reserva, criando condições para obter retorno financeiro na aposentadoria.

Para isso, é preciso dominar o orçamento pessoal e ter o controle detalhado de tudo o que se ganha e gasta por pelo menos três meses consecutivos. É fundamental saber de onde o dinheiro vem e para onde ele vai, para saber quanto
investir mês a mês.

Além disso, é possível trabalhar a distinção entre o essencial e o supérfluo. Saber separar o que é dinheiro extra, gastos essenciais e gastos desnecessários faz toda a diferença. Vale lembrar que concentrar-se nos gastos prioritários
não significa abrir mão de qualidade de vida, é apenas uma boa forma de organização.

Por fim, definir um valor fixo para poupar, como se fosse mais uma conta do mês, facilita bastante para quem está começando seus investimentos no futuro. Ainda que o valor seja pequeno, é possível definir dentro do planejamento
financeiro quanto pode ser depositado, considerando este valor como uma conta básica, assim como aluguel, luz ou água.

Não guardar dinheiro por falta de controle sobre as próprias finanças pode prejudicar a previsibilidade de como será a aposentadoria. É preciso ter disciplina para manter as contribuições mensais sem passar sufoco quando chegar o
momento de parar de trabalhar.

Com informações de Exame