Atenção: tem mais gente querendo poupar ou investir pós-pandemia

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Não são poucas as pessoas que estão tendo que reaprender a administrar as finanças pessoais durante a pandemia. Gente que precisou apertar os cintos e conter bem mais os gastos, alguns dependendo inclusive de socorros financeiros vindos do governo ou de familiares e amigos. Mas a situação gerada pela crise da Covid-19 também tem sido uma forma de rever antigos hábitos financeiros e propor comportamentos mais conscientes com relação a gastos e investimentos.

Uma pesquisa da consultoria Oliver Wyman, por exemplo, apontou que 69% dos cerca de 4 mil brasileiros entrevistados pretendem economizar mais quando a pandemia passar. O susto é válido: cerca de 46% dos entrevistados na mesma pesquisa teve a renda diminuída no último ano. Além disso, 47% reduziu suas economias e 16% conseguiu aumentar o volume economizado.

A pesquisa da Oliver Wayman reflete uma precaução que antes não era tão considerada. É sabido que os brasileiros, historicamente, não são acostumados a poupar. Mas no caso da pandemia, especificamente, houve um agravante: não saber lidar com uma crise duramente inesperada.

Com o alerta criado com relação a ter uma reserva financeira de emergência, aumentou o interesse em mais educação financeira e a vontade das pessoas de repensarem suas atitudes e criarem novos hábitos. Entre eles, ter uma planilha financeira mensal, monitorar melhor os gastos ou começar o investimento em uma previdência complementar.

E se bater o desânimo e precisar de uma palavra amiga, não vai mais faltar conselho bom: praticamente seis em cada 10 brasileiros, cerca de 59%, também pretendem poupar mais em 2021 do que faziam antes da pandemia, de acordo com a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira, disponibilizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

É claro que o sentimento de medo que a pandemia trouxe com relação ao futuro não é algo bom, mas se podemos observar alguma lição positiva, a nova relação com o dinheiro, mais cuidadosa, com certeza merece ser considerada.

Isto porque quem manteve o emprego teve possibilidade de reduzir os gastos, seja pelo distanciamento social, seja pelas incertezas em relação ao futuro. E quem perdeu renda mensal também precisou se reinventar. Além disso, sem sair de casa muitas pessoas se deram conta de que não é preciso comprar roupas, sapatos, e outros produtos todo mês, reduzindo melhor o consumo ao que é, de fato, essencial. E após um ano fazendo isso, acabou ficando um pouco mais fácil rever determinados hábitos.

 

Com informações: Estadão Conteúdo

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