Aposentadoria não significa inatividade. E é por isso que muitas pessoas acima dos 60 anos estão escolhendo o caminho do empreendedorismo, seja pela necessidade de complementar a renda ou pela vontade de se movimentar atuando em algo prazeroso e oportuno.

Só no estado de São Paulo já são quase 120 mil MEIs (Microempreendedores Individuais) registradas por pessoas com 61 anos ou mais, o que representa 6,1% dos mais de 1,9 milhão de MEIs. Em 2017, a participação era de 5,7%.

Uma pesquisa do Sebrae-SP sobre empreendedorismo na terceira idade mostra que 36% das pessoas acima dos 60 que decidem manter um negócio próprio tem como a principal motivação ter uma fonte complementar à renda da família.

Em um cenário nacional, para 7 em cada 10 entrevistados, a maior motivação para abrir uma empresa também decorre de razões financeiras, como complementar a renda e ajudar a família: 49,7% pretendem abrir uma empresa para complementar a renda – seja a própria ou da família; 21% o fazem pela necessidade de manter a família; e 21% pensam em se manter ocupados após a aposentadoria.

Também segundo o Sebrae, 61% dos empreendedores iniciais do país são mulheres, o que se explicaria pela crise econômica, que motivou mulheres com mais idade ou aposentadas a empreenderem para completar a renda doméstica.

Assim, movidas pela necessidade de renda e em busca de realização pessoal, cada vez mais pessoas da terceira idade estão atuantes no mercado de trabalho, especialmente pela via do empreendedorismo.

Quanto ao comportamento,  quando precisam de alguma informação, boa parte desses idosos empreendedores acionam os parentes. Isso porque lidar com a tecnologia pode muitas vezes ser um desafio para os mais velhos. Só no estado de São Paulo, 44% busca essa ajudinha tecnológica.

Também é comum encontrar os que procurem identificar uma oportunidade de negócio não apenas promissor, mas também que lhes traga prazer pelo trabalho realizado. O importante, entrando no empreendedorismo por prazer ou necessidade, é nunca deixar de fazer um bom planejamento, assimilar orientações e seguir um plano de negócios, além de conhecer bem quem são seus clientes, concorrentes, fornecedores e/ou parceiros.

Com informações de Exame e G1