Abrapp avalia desempenho dos planos de previdência das empresas

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A maioria das entidades fechadas de previdência complementar do Brasil superou as metas de 2019 até o mês de outubro passado. Dos 623 fundos de pensão voltados para funcionários de grandes empresas estatais e privadas do país, 444 atingiram índices sólidos e superavitários. Esses dados foram divulgados recentemente pela Abrapp (Associação Brasileira das Entidades de Previdência Complementar).

Este é o quarto ano consecutivo em que isso se repete, garantindo o pagamento de milhares de aposentadorias no futuro. Hoje, o setor soma 2,65 milhões de participantes ativos, enquanto os dependentes chegam a 3,96 milhões.

Segundo a Abrapp, a rentabilidade média das carteiras acumulava uma variação de 10,69% até décimo mês do ano passado, acima da meta atuarial no período, de 7,78%. A meta atuarial é o valor necessário para pagar todos os compromissos. Os investimentos desse tipo de aposentadoria privada atingiram R$ 926,2 bilhões.

Setor em expansão

Os fundos de pensão são opções de investimento para proporcionar uma aposentadoria complementar, como forma de aumentar os recursos recebidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Eles são a chamada “previdência fechada”, ou seja, só os que trabalham na empresa com esse serviço podem participar.

Entidades de previdência fechada como a Fundação Itaúsa Industrial representam, atualmente, 13% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. Já em países como Estados Unidos e Chile, por exemplo, equivalem a mais de 70%.

Projeções para o futuro

Por conta da reforma da previdência, aprovada no fim do ano passado, a expectativa do setor é de crescimento no país. As projeções são de que esse setor receba  anualmente cerca de 250 mil novos participantes e dobre o número de ativos para R$ 2 trilhões até 2042. Para uma comparação, só a Fundação Itaúsa acumulava em 2019 um patrimônio consolidado de 3.105 bilhões de reais.

A projeção da Abrapp é que os investimentos em renda variável ganhem mais espaço nas carteiras dos fundos de pensão, ao apostarem na diversificação, correndo mais riscos em busca de resultados. Hoje 55,2% dos investimentos do setor ainda estão em fundos de renda fixa, uma aplicação que teve o rendimento derrubado pela taxa básica de juros em queda.

Com informações UOL Economia

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