A educação previdenciária em um Brasil que envelhece

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De acordo com o censo demográfico de 2022, a população brasileira cresceu 6,5% em relação ao censo de 2010, com uma taxa anual de 0,52% – a menor desde o início das pesquisas em 1872. Isso indica que estamos envelhecendo, graças ao aumento da expectativa de vida e à diminuição da taxa de fecundidade nas últimas oito décadas.

Entre os nascidos em 1940 e os de 2018, houve um ganho de cerca de 30 anos a mais de vida, segundo o IBGE. A média entre homens e mulheres saltou de 45 para 76 anos de idade. Neste mesmo intervalo de tempo, a expectativa de vida dos idosos aumentou 8 anos. Em 1980, de cada mil brasileiros que chegavam aos 60 anos de idade, 344 atingiam os 80 anos. Já em 2018, o número de octogenários em cada mil pessoas passou para 599.

Por outro lado, a taxa de fecundidade caminhou em direção contrária, passando de 6,16 filhos por mulher em 1940 para 1,53 em 2020, com previsão de estabilizar em 1,5 até 2050.

Embora seja positivo o fato de estarmos vivendo mais, os números apontados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos levam a refletir sobre as consequências desta mudança na estrutura etária da população – hoje em 203,1 milhões de habitantes. Haverá aumento na demanda por serviços de saúde e cuidados para idosos e redução da entrada de novos trabalhadores no mercado de trabalho. Esses movimentos vão gerar pressão sobre a previdência social.

Por isso, é urgente que o país tome medidas para acelerar o crescimento e adotar políticas públicas alinhadas com as necessidades de uma população que envelhece. É fundamental disseminar a consciência previdenciária no Brasil e educar a população sobre a importância do controle financeiro e do planejamento. Quanto mais cedo começarmos a economizar e investir, mais tempo nosso dinheiro terá para render. Mesmo pequenas quantias economizadas regularmente farão uma grande diferença ao longo dos anos.

O tempo conta a favor dos mais jovens. Para aproveitar essa oportunidade e seguir rumo a um envelhecimento saudável, tranquilo e seguro, é preciso ter interesse pessoal e também acesso ao conhecimento sobre os riscos da inércia e os benefícios que virão se o primeiro passo for dado agora.

 Com informações do IBGE, Politize, Estado de Minas

 

 

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