Programas de fidelidade: vantagens e desvantagens no atual cenário

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Foi-se o tempo em que programas de fidelidade estavam restritos apenas às companhias aéreas. Hoje, diversas categorias de produtos oferecem esse benefício e ainda há espaço para crescimento deste mercado de fidelização. Atualmente, o
Brasil conta com 73 milhões de participantes de programas de lealdade, embora o número de pontos emitidos tenha caído de 43,9 bilhões para 40,1 bilhões em um ano, segundo a Associação Brasileira de Empresas do Mercado de Fidelização
(Abemf).

O crescimento da utilização desse tipo de programa se deve à recompensa recebida, que pode ser trocada por um produto ou serviço. Afinal é possível ganhar e converter “milhas” em farmácias, postos de gasolina, hotéis, lojas de
material de construção, sites de comércio eletrônico e outros. As empresas que administram esses programas passam a ideia de que, por serem gratuitos, eles proporcionam a chance de, mesmo na crise, consumir mais sem pagar mais. Mas
especialistas advertem que a fidelização só é uma aliada no orçamento quando não leva a gastos inconsequentes, é preciso ter cautela.

O alerta é válido pensando na atual situação econômica do Brasil, que se encontra instável e passando por mudanças. Em um ambiente desafiador, as pessoas precisam olhar para seus gastos e enxergar oportunidades, as milhas podem entrar
aí, se foram acumuladas e utilizadas com consciência.

Por isso, o recomendável é escolher um programa com base em seus hábitos de consumo, não o contrário. A dica é relacionar as lojas e prestadoras de serviço que mais usa e aderir ao esquema de pontos que estiver mais presente nesse rol
de produtos. No caso dos aposentados, por exemplo, olhar para o sonho da viagem para o exterior ou para os gastos com saúde considerando os programas de fidelidade.

Outra dica para potencializar o acúmulo de pontos sem gastar mais é comprar em lojas parceiras de programas de fidelidade usando cartões de crédito, que também geram milhas. Para quem consegue pagar a fatura em dia, pode valer a pena
concentrar os gastos em um só cartão para acumular pontos. Mas mais uma vez fica o alerta: vale apenas quem está com as finanças em dia. Caso contrário, o consumidor pode acabar tendo de pagar os juros altíssimos dos cartões.

Cuidados na utilização

– A maneira correta é utilizar os benefícios da fidelidade nos gastos que você já faz no seu dia a dia. Consumir a mais para ganhar milhas aéreas, por exemplo, sai sempre mais caro do que comprar a passagem.

– É preciso fazer as contas para saber se o programa vale a pena. O princípio desses programas é levá-lo a deixar de comprar em um concorrente. Mas essa loja pode ser muito mais cara. Os cartões que dão mais milhas também costumam
cobrar anuidade maior.

– É importante conhecer o regulamento e observar os prazos. Segundo pesquisa recente do Banco Central, em 2014 os brasileiros deixaram expirar 53,4 bilhões de milhas, 24% do total daquele ano.

 

– É preciso ficar atendo ao prazo de validade dos pontos acumulados. Cada programa tem um regulamento específico e os prazos de validade são bem diferentes. Muitas vezes, os consumidores acumulam o benefício por algum tempo, mas
quando estão prestes a utilizá-lo, são surpreendidos pela perda de vários pontos.

Fonte: o Globo e site Mercantil do Brasil

 

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