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Viagens e lazer aumentam nicho de mercado para a terceira idade
Esqueça aquela imagem de senhoras acomodadas dentro de casa depois da aposentadoria. A terceira idade mudou e representa hoje um nicho de consumidores bastante cobiçado por diversos mercados em busca de clientes, como
é o caso do turismo.
A falta de adequação de comércio e serviços para esse público, muitas vezes, é fruto de desconhecimento. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, por exemplo, um terço
dos consumidores ativos de pacotes de viagem tem, hoje, mais de 50 anos.
De acordo com pesquisas do Ministério do Turismo e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo menos 46% dos idosos têm priorizado o lazer com maior frequência enquanto 41% preferem sair a
ficar em casa.
Com isso, cada vez mais, destinos atrativos e hotéis oferecem boa acessibilidade, pisos nivelados, rampas, barras nos banheiros e corrimãos, para que os idosos possam comprar pacotes de viagens que não exijam
grandes esforços físicos e tenham um ritmo mais adequado.
O mesmo acontece em outras áreas: telecomunicações, alimento, beleza e turismo, ainda que haja menos projetos voltados para esse público. Esse investimento em busca do consumidor acima dos 60 anos é
impulsionado pela inversão etária que o Brasil deve sofrer nos próximos anos.
Entre 2012 e 2017, a fatia da população brasileira com mais de 60 anos cresceu cerca de 15%. O incremento da parcela com mais de 80 anos foi ainda maior, 21%. Segundo dados do IBGE, os idosos já são mais de
30 milhões, e têm a maior renda mensal entre os ocupados de todas as faixas etárias do país, R$ 2.815, contra a média geral de R$ 2.080.
A tendência é que o envelhecimento da população acelere e essa perspectiva deve impulsionar ainda mais o mercado, exigindo, porém, um planejamento financeiro mais atento de quem está se
aproximando da terceira idade. Afinal, uma coisa é certa, se estamos vivendo mais, precisaremos de mais dinheiro para bancar essa longevidade.
Com informações de Brasil Turis e O
Globo