Do pleno emprego à autonomia financeira: o papel estratégico da previdência privada

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O Brasil vive um momento raro de estabilidade no mercado de trabalho. A taxa de desemprego caiu para 5,6% em julho, com mais de 102 milhões de brasileiros ocupados. A informalidade também recuou para 37,8%, o menor nível desde antes da pandemia. Esse avanço na formalização representa mais do que segurança jurídica: é um salto estrutural rumo à inclusão previdenciária.

Com mais vínculos formais, cresce a base de contribuintes do INSS — o que amplia o acesso à aposentadoria pública e aos benefícios sociais. Para profissionais em transição ou autônomos, esse cenário é um alerta: permanecer na informalidade significa abrir mão de direitos essenciais, como auxílio-doença, salário-maternidade e aposentadoria por idade.

Formalizar-se como MEI, PJ ou contribuinte individual é mais do que cumprir uma obrigação legal — é uma decisão estratégica de carreira. A proteção social mínima oferecida pelo INSS é um pilar de estabilidade que sustenta o profissional em momentos de vulnerabilidade. Ignorar esse aspecto pode comprometer décadas de esforço.

Mas é preciso ir além. Mesmo com contribuições regulares ao INSS, o valor da aposentadoria pública dificilmente será suficiente para manter o padrão de vida desejado. Para quem está empregado em uma empresa que oferece plano de previdência, como o administrado pela Fundação Itaúsa Industrial, essa é uma oportunidade de ouro para dobrar a reserva financeira, um atrativo que o PAI dá aos funcionários que aderem a este plano. Para quem não tem esse benefício, há a opção da previdência privada como ativo de longo prazo. PGBL e VGBL não são produtos de luxo — são instrumentos de planejamento financeiro que permitem construir uma renda passiva complementar.

Além da vantagem tributária (como a isenção do “come-cotas”, ou seja, não há cobrança semestral e antecipada de IR, apenas na hora do resgate), os planos oferecem flexibilidade, portabilidade e liquidez. O investidor define quanto aplicar, como investir e quando resgatar. E, em caso de falecimento, o patrimônio é transferido diretamente aos beneficiários, sem burocracia ou inventário.

A previdência privada também funciona como uma “poupança forçada”, com aportes automáticos que ajudam a manter a disciplina financeira. Essa estrutura favorece quem tem dificuldade de guardar dinheiro e precisa de um mecanismo que estimule o hábito de investir.

Em um país que avança na formalização e na renda média, planejar o futuro não é mais uma opção — é uma responsabilidade. A previdência pública garante o mínimo. A privada constrói o diferencial. Para quem valoriza autonomia, qualidade de vida e segurança na aposentadoria, o momento de agir é agora. Quanto mais cedo, melhor, pois com os anos os juros compostos se encarregam de multiplicar o esforço inicial.

Com informações de Carta Capital, Exame e XP

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