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Inflação do aluguel é a maior dos últimos 18 anos: como negociar
Desde março, a revisão anual do preço do aluguel acordado entre locatário e inquilino pode ser reajustada em 28,94%, de acordo com medição da Fundação Getúlio Vargas. A inflação fez com que o valor do aluguel residencial chegasse ao maior percentual de reajuste dos últimos 18 anos.
A alta levou o Secovi (Sindicato da Habitação de São Paulo) a recomendar uma negociação entre inquilino e proprietário. No entanto, a lei não obriga o reajuste. Além disso, reajustar ou não é uma prerrogativa do proprietário e, se não pagar, o inquilino estará cometendo infração contratual.
Negociando com o locador
Em momentos em que é necessário rever o orçamento familiar para honrar compromissos financeiros e manter todas as contas em dia, negociar prazos e descontos no preço do aluguel não deve ser uma vergonha, mas sim uma situação colocada de forma gentil e franca, para que ambos – inquilino e locatário – consigam chegar a um acordo interessante.
Uma dica para que este acordo seja equilibrado é argumentar. Por exemplo, se o inquilino foi um bom pagador nos últimos anos, cumprindo em dia suas obrigações contratuais, ponto para ele. Nesse caso, o proprietário pode preferir negociar a ter seu imóvel vazio, arcando com os custos de manutenção como condomínio e IPTU.
O bom comportamento no imóvel, sem multas e reclamações condominiais, também é outro ponto a ser valorizado, já que o proprietário terá que buscar, em plena pandemia, um novo inquilino, desconhecido.
Vale também retomar com o proprietário que os índices de inflação são ajustados a cada ano, mas, sobretudo com a pandemia, não apenas o aluguel teve alta significativa como também o supermercado, o combustível, entre outros setores. Consequências que, quando são compartilhadas, podem prevalecer fazendo com que o proprietário considere um desconto.
Mas importante: qualquer tipo de negociação deve sempre ser feita de comum acordo e com tudo formalizado, por aditivos contratuais, o que garantirá mais segurança ao inquilino e ao dono do imóvel.
Com informações do Economia UOL e Portal Metropoles